segunda-feira, 30 de abril de 2007

Cadernos da vida 1/2.


Conversando com um amigo, escutei a tal questionamento. Quando irão ler as coisas que tu escreves? Não tive preocupação em dar uma resposta correta, já que respostas corretas, são corretas para os que respondem. Não são absolutas em si. As interpretações nem sempre são como nós queríamos que fossem. Respondi ao colega que nesse espaço, colocamos momentos, alguns ficcionais, outros nem tanto. Mas o que dizer do que é ficção ou realidade em tempos modernos. Já que alguns questionam até se a Palavra de Deus deve ser cumprida ou relativamente cumprida. Eu peço a Deus que me dê força para cumpri-las. Cabendo a mim, aceitá-las. Os que quiserem questionar, têm todo o direito, e arcarem pelas escolhas. Pessoas tentam cada vez mais buscar auto-afirmação em seus trabalhos, já que um só não dá mais para viver, conforme os padrões que o mundo estabelece. E percebem que quanto mais bens materiais possuem, mais sentem a necessidade de obter mais e mais. E tornam-se escravos de seus deuses trabalhos.
Pensamos e a família, essa passa a deixar de existir, restando sua existência jurídica, ou seja, em papéis, como alguns fazem questão de existir – casamento tem que ser presencial e no papel. Com um tempo muitos ficam apenas no papel. Letras e letras, deixam de ser presencial. Percebemos quanta mentira há na vida moderna, tenta se eternizar nas diversas gerações, sempre com novas roupagens, algumas até sofisticadas. Mas os frutos da mentira presenciamos, não são tão sofisticados quanto a criação de cada uma. Podemos presenciar, nas dissoluções de casamentos, na educação de filhos que buscam o caminho das drogas, da marginalidade, da vida subversiva. Na história do povo de Deus, a mentira não prevalece. A palavra nos diz que Conhecereis a verdade e ela vos libertará. Não haverá verdade, sem uma aproximação com Deus.
Os criadores de mentiras são ardilosos, tramam situações de vidas encantadoras, exemplares. Lembro-me de Cristo falando aos fariseus, que se preocupavam em lavar o copo, e receberam a afirmação, que estes fariseus eram iguais a sepulcros, lindos por fora e repleto de coisas podres por dentro.
Quantas coisas podres são criados pela mentira, muitas pessoas morrem ou proporcionam a morte para os outros, e o que deveria haver antes, acontece depois – o arrependimento. Seria bom que o arrependimento ficasse antes da consumação dos fatos. Mas não é isso que tem acontecido.
Interessante saber que pessoas insensíveis não percebem que mentem, isso é perceptível ao mundo dos que têm sensibilidade. Como podemos falar de justiça, respeito à vida a um criminoso, com valores distorcidos. O que falar sobre probidade administrativa, a um corrupto, ou o que dizer sobre os valores cristãos aos que dizem conhecer a Deus de palavras, e se esquivam quando se fala nas atitudes. Dessa forma a humanidade vai se afirmando. Como se fala de amor, se o que se faz é proporcionar constrangimentos aos outros, e ainda dizer que não se faz. Vivemos e aprendemos, que pessoas insensíveis fazem ou tentam fazer destruir os bons valores, já que não sabem o que são eles.
Lendo um blog, quimeradominante.blogs.sapo.pt/
encontrei um poema que retrata a vida de duas pessoas. A indiferença é o revés do amor.
Somos apenas conhecidos
Não nos olhamos// não nos falamos// não nos escutamos// não precisamos um do outro// não sentimos o outro// somos apenas corpos// corpos que um dia se encontraram// que por ventura se amaram// nada ficou// apenas a indiferença// apenas a frieza// somos apenas conhecidos.
A fotografia é simplesmente muito boa, na indiferença, um sentido prevalece aos outros, o da fala. Usado de forma a atingir o outro de forma desleal, ou seja, quando estes não estão presentes. Pois quando estão, são ignorados. Chega-se ao ponto de conversar com os cachorros a falar com a pessoa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Aprendi muito