quinta-feira, 6 de setembro de 2012

SERVIDÃO MODERNA

Um texto muito bom sobre algo tão visível aos nossos olhos, porém pela orquestração multifacetada de mecanismos de controle não conseguimos ter uma leitura da real situação em que nos encontramos. O texto é de Jean François Brient e Victor León Fuentes. No qual enfatiza que somos consumidos diariamente pelas mídias, que nos estimulam a consumir cada vez mais pelo simples prazer do possuir e não pela real necessidade de ter. Não percebemos que estamos sendo consumidos pelo próprio desejo insaciável do ser humano, tão bem estimulado para esse fim, dessa forma nos tornamos servos, zumbis errantes que circulam pelos rincões da terra. /// SERVIDÃO MODERNA “Meu otimismo está baseado na certeza que esta civilização vai desmoronar. Meu pessimismo em tudo aquilo que ela faz para arrastar-nos em sua queda.” Jean- François Brient. /// A SERVIDÃO VOLUNTÁRIA “Que época terrível esta, onde idiotas dirigem cegos.” O Rei Lear, William Shakespeare.// A servidão moderna é uma escravidão voluntária, aceita por essa multidão de escravos que se arrastam pela face da terra. Eles mesmos compram as mercadorias que lhes escravizam cada vez mais. Eles mesmos correm atrás de um trabalho cada vez mais alienante, que lhes é dado generosamente se estão suficientemente domados. Eles mesmos escolhem os amos a quem deverão servir. Para que essa tragédia absurda possa ter sucedido, foi preciso tirar desta classe, a capacidade de se conscientizar sobre a exploração e a alienação da qual são vítimas. Eis então a estranha modernidade da época atual. Ao contrário dos escravos da Antiguidade, aos servos da Idade Média e aos operários das primeiras revoluções industriais, estamos hoje frente a uma classe totalmente escrava, que, no entanto não se dá conta disso, ou melhor, ainda, que não quer enxergar. Eles não conhecem a rebelião, que deveria ser a única reação legítima dos explorados. Aceitam sem discutir a vida lamentável que foi planificada para eles. A renúncia e a resignação são a fonte de sua desgraça. Eis então o pesadelo dos escravos modernos que só aspiram a deixar-se levar pela dança macabra do sistema de alienação. A opressão se moderniza estendendo-se por todas as partes, as formas de mistificação que permitem ocultar nossa condição de escravos. Mostrar a realidade tal qual é na verdade e não tal como mostra o poder constitui a mais autentica subversão./// ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL E O HABITAT “O urbanismo é a tomada do meio ambiente natural e humano pelo capitalismo que, ao desenvolver-se em sua lógica de dominação absoluta, refaz a totalidade do espaço como seu próprio cenário.” A Sociedade do Espetáculo, Guy Debord.// Conforme o homem constrói seu mundo com a força do trabalho alienado, o cenário deste mundo se converte na prisão onde terão que viver. Um mundo sórdido, sem sabor, nem odor, que leva consigo a miséria do modo de produção dominante. Este cenário está em eterna construção. Nada nele é estável. A remodelação permanente do espaço que nos envolve se justifica pela amnésia generalizada e pela insegurança na qual devem viver seus habitantes. Trata-se de refazer tudo a imagem do sistema: o mundo se torna cada dia mais sujo e barulhento, como uma usina. Cada parcela deste mundo é propriedade de um Estado ou de um particular. Este roubo social que é a apropriação exclusiva do solo, encontra-se materializada na onipresença de muros, barreiras, e fronteiras... São as marcas visíveis desta separação que invade tudo. Mas ao mesmo tempo, a unificação do espaço, de acordo com os interesses da cultura mercante, é o grande objetivo da nossa triste época. O mundo deve se transformar em um imenso autopista racionalizada ao extremo, para facilitar o transporte das mercadorias. Todo obstáculo, natural ou humano, deve ser destruído. O ambiente onde se aglomera esta massa servil é o fiel reflexo de sua vida: assemelha-se a jaulas, a prisões, a cavernas. Porém contrariamente aos escravos e aos prisioneiros, o explorado dos tempos modernos deve pagar por sua jaula. // “Porque não é o homem, mas o mundo que se tornou um anormal.” Antonin Artaud./// A MERCADORIA “A primeira vista, a mercadoria parece uma coisa simples, trivial, evidente, porém, analisando-a, vê-se complicada, dotada de sutilezas metafísicas e discussões teológicas.” O Capital, Karl Marx.// E é neste lugar estreito e lúgubre, onde o escravo moderno acumula as novas mercadorias que deveriam, segundo as mensagens publicitárias onipresentes, trazer-lhe a felicidade e a plenitude. Porém quanto mais acumula mercadorias, mais ele se afasta da oportunidade de ser feliz.// Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Marcos 8:36 // A mercadoria, ideológica por essência, despoja de seu trabalho aquele que a produz e despoja de sua vida aquele que a consume. No sistema econômico dominante, já não é mais a demanda que condiciona a oferta, mas a oferta que determina a demanda. Então é assim que de maneira periódica, surgem novas necessidades que são rapidamente consideradas como vitais para a maioria da população: primeiro foi o radio, depois o carro, a televisão, o computador e agora o telefone celular. Todas estas mercadorias, distribuídas massivamente em um curto lapso de tempo, modificam profundamente as relações humanas: servem por um lado para isolar os homens um pouco mais de seu semelhante e por outro a difundir as mensagens dominantes do sistema. As coisas que se possuem acabam por possuir-nos./// A ALIMENTAÇÃO “O que vem a ser alimento para um é veneno para o outro.” Paracelso.// Porém é quando se alimenta que o escravo moderno ilustra melhor o estado de decadência em que se encontra. Dispondo de um tempo cada vez mais limitado para preparar a comida que ingurgita, ele se vê obrigado a engolir rápido o que a indústria agroquímica produz, errando pelos supermercados à procura dos cartazes que a sociedade da falsa abundância consente em lhe dar. Ai ainda, só lhe resta à ilusão da escolha. A abundância dos produtos alimentícios apenas dissimula sua degradação e sua falsificação. Não são mais que organismos geneticamente modificados, uma mistura de corantes e conservantes, de pesticidas, de hormônios e de outras tantas invenções da modernidade. O prazer imediato é a regra do modo de alimentação dominante, também é a regra de todas as formas de consumo. E as consequências que ilustram esta forma de alimentação se veem em todas as partes. Mas é frente à indigência da maioria que o homem ocidental goza de sua posição e de seu consumismo frenético. Em vista disso, a miséria está em todos os lados onde reina a sociedade totalitária mercante. A escassez é o reverso da moeda da falsa abundância. E num sistema que promove a desigualdade como critério de progresso, mesmo se a produção agroquímica é suficiente para alimentar a totalidade da população mundial, a fome nunca deverá desaparecer.// Estamos convencidos de que o homem, espécie pecadora por excelência, domina a criação. Como se todas as outras criaturas tivessem sido criadas apenas para servir-lhes a comida, a roupa, para serem martirizadas e exterminadas. Isaac Bashevis Singer.// A outra consequência da falsa abundância alimentícia é a generalização das usinas de concentração e de exterminação massiva e bárbara das espécies que servem de alimento aos escravos. Esta é a real essência do modo de produção dominante. A vida e a humanidade não resistem ante o desejo de proveito de certos indivíduos.// A DESTRUIÇÃO DO MEIO AMBIENTE «Que triste é pensar que a Natureza fala e que a espécie humana não a escuta» Victor Hugo.// E a espoliação dos recursos do planeta, a abundante produção de energia ou de mercadorias, o lixo e os resíduos do consumo ostentoso, hipotecam a possibilidade de sobrevivência de nossa Terra e das espécies que nela habitam. Porém para deixar livre curso ao capitalismo selvagem, o crescimento econômico nunca deve parar. É preciso produzir, produzir e reproduzir mais ainda. E são os mesmo poluidores que se apresentam hoje como salvadores potenciais do planeta. Estes imbecis da indústria do espetáculo patrocinados pelas empresas multinacionais tentam convencer-nos de que uma simples mudança em nossos hábitos seria suficiente para salvar o planeta de um desastre. E enquanto nos culpam, continuam poluindo sem cessar, nosso meio ambiente e nosso espírito. Essas pobres teses pseudo-ecológicas são repetidas pelos políticos corruptos em seus slogans publicitários. Porém nunca propõem uma mudança radical no sistema de produção. Trata-se, como sempre, de mudar alguns detalhes para que tudo fique como antes./// O TRABALHO Trabalho, do latim Tripalium, três paus, instrumento de tortura.// Mas para entrar na ronda do consumo frenético, é necessário ter dinheiro e para conseguir dinheiro, é preciso trabalhar, ou seja, vender-se. O sistema dominante fez do trabalho seu principal valor. E os escravos devem trabalhar mais e mais para pagar a crédito sua vida miserável. Eles estão esgotados de tanto trabalhar, perdem a maior parte de sua energia e têm que suportar as piores humilhações. Passam toda sua vida realizando uma atividade extenuante e insidiosa que é proveitosa apenas para alguns. A invenção do desemprego moderno tem como objetivo assustá-los e fazê-los agradecer sem parar a generosidade do poder que se mostra tão generoso com eles. Que fariam sem essa tortura que é o trabalho? E são essas atividades alienantes que são apresentadas como libertadoras. Que mesquinhez e que miséria! Sempre apressados pelo cronômetro ou pela chibata, cada gesto dos escravos é calculado com a intenção de aumentar a produtividade. A organização científica do trabalho constitui a real essência da desapropriação dos trabalhadores, seja do fruto de seu trabalho, mas também do tempo que eles passam na produção automática das mercadorias ou dos serviços. O papel do trabalhador se confunde com o da máquina nas usinas, com o do computador nas oficinas. O tempo pago não volta mais. Assim, a cada trabalhador é atribuído um trabalho repetitivo, seja ele intelectual ou físico. Ele é um especialista em seu domínio de produção. Essa especialização se encontra na escala do planeta, no âmbito da divisão internacional do trabalho. Concebe-se no Ocidente, produz-se na Ásia, morre-se na África./// A COLONIZAÇÃO DE TODOS OS SETORES DA VIDA “é o homem inteiro que é condicionado ao comportamento produtivo pela organização do trabalho, e fora da fábrica ele conserva a mesma pele e a mesma cabeça”. Chistophe Dejours.// O escravo moderno teria sido capaz de se contentar de sua servidão ao trabalho, mas à medida que o sistema de produção coloniza todos os setores da vida, o dominado perde seu tempo com lazeres, com diversões e férias organizadas. Em nenhum momento de seu cotidiano, ele foge da influência do sistema que faz parte de cada instante de sua vida. É um escravo a tempo integral./// A MEDICINA MERCANTIL "A medicina faz-nos morrer mais...” Plutarco.// A origem dos males do escravo moderno está na degradação generalizada de seu ambiente, do ar que respira, e da comida que ele consome; o stress provocado pelas suas condições de trabalho e pelo conjunto de sua vida social. Sua condição subserviente é um mal que nunca encontrará remédio. Somente a total liberação da condição na qual ele se encontra, pode permitir ao escravo moderno se liberar de seus sofrimentos. A medicina ocidental só conhece um remédio contra os males dos quais sofrem os escravos modernos: a mutilação. É à base de cirurgias, de antibiótico ou de quimioterapia que se trata os pacientes da medicina mercantil. Nunca se ataca a origem do mal, senão que a suas consequências, pelo motivo de que esta busca da origem do mal nos conduziria inevitavelmente à condenação fatal da organização social em toda sua totalidade. Assim como ele transformou todos os detalhes de nosso mundo em simples mercadoria, o sistema atual fez de nosso corpo uma mercadoria, um objeto de estudo e de experiências para os pseudo-aprendizes de medicina mercantil e para a biologia molecular. Os donos do mundo já estão prontos para patentear os seres vivos. A sequência completa do DNA humano é o ponto de partida de uma nova estratégia posta em ação pelo poder. A descodificação genética não tem outro objetivo que o de amplificar consideravelmente as formas de dominação e de controle. Depois de tudo, nosso corpo também não nos pertence./// A OBEDIÊNCIA COMO SEGUNDA NATUREZA “De tanto obedecer, adquirimos reflexos de submissão.” Anônimo.// O melhor de sua vida foge entre seus dedos, mas ele prossegue assim, pois já está acostumado a sempre obedecer. A obediência se tornou sua segunda natureza. Ele obedece sem saber por qual razão, simplesmente porque ele sabe que deve obedecer. Obedecer, produzir e consumir, eis ai o trítico que domina sua vida. Obedece-se aos pais, aos professores, aos patrões, aos proprietários, aos comerciantes, obedecem-se também as leis, as forças da ordem e a todos os tipos de poderes, pois ele não sabe fazer outra coisa. Não existe algo que lhe dê mais medo que a desobediência, já que desobedecer, aventurar, mudar, é muito arriscado. Assim como uma criança que perde de vista seus pais, o escravo moderno se sente perdido sem o poder que o criou. Então ele continua obedecendo. É o medo que nos fez escravos e que nos mantêm nesta condição. Baixamos a cabeça frente aos donos do mundo, aceitamos esta vida de humilhação e de miséria somente por medo. No entanto, dispomos da força numérica frente a esta minoria que governa. A força deles não sai de seus policiais, mas de nosso consentimento. Justificamos nossa covardia diante do enfrentamento legítimo contra as forças que nos oprime com um discurso cheio de humanismo moralizador. A rejeição da violência revolucionária está ancorada nos espíritos daqueles que se opõem ao nome dos valores que esse mesmo sistema nos ensinou. Porém, quando se trata de conservar sua hegemonia, o poder não hesita em se servir da violência./// A REPRESSÃO E A VIOLÊNCIA “Sob um governo que prende qualquer homem injustamente, o único lugar digno para um homem justo é também a prisão.” A Desobediência Civil, Henry David Thoreau.// No entanto, ainda existem indivíduos que escapam ao controle das consciências, mas estão sob vigilância. Todo ato de rebelião ou de resistência está de fato assimilada a uma atividade desviada ou terrorista. A liberdade só existe para aqueles que defendem os imperativos mercantis. A oposição real ao sistema dominante, infelizmente, é totalmente clandestino. Para estes opositores, a repressão é a regra em uso. E o silêncio da maioria dos escravos frente a essa repressão está justificado na aspiração mediática e política que nega o conflito existente na sociedade atual./// O DINHEIRO “O que outrora se fazia “por amor a Deus”, hoje se faz por amor do dinheiro, isto é, daquilo que hoje confere o sentimento de poder mais elevado e a boa consciência.” Aurora, Nietzsche.// Como todos os seres oprimidos da historia, o escravo moderno precisa de seu misticismo e de seu deus para anestesiar o mal que lhe atormenta e o sofrimento que o sufoca. Mas este novo deus, a quem entregou sua alma, não é nada mais que nada. Um pedaço de papel, um número que apenas tem sentido porque todo mundo decidiu dar-lhe. É em nome desse novo deus que ele estuda, que ele trabalha, que ele luta e se vende. É em nome desse novo deus que abandonou seus valores e está disposto a fazer qualquer coisa. Ele acredita que quanto mais tem dinheiro mais se libertará dos problemas dentro dos quais ele está aprisionado. Como se a possessão andasse de mãos dadas com a liberdade. A liberação é uma ascese que provém do domínio de si mesmo; um desejo e uma vontade de atuar. Está no ser e não no ter. Porém é preciso decidir-se a não mais servir, nem obedecer. É preciso também romper com esse hábito que, ao parecer, ninguém ousa recriminar./// NÃO HÁ ALTERNATIVA NA ORGANIZAÇÃO SOCIAL DOMINANTE Acta est fabula (a peça está representada).// Ora, escravo moderno está convencido de que não existe alternativa na organização do mundo atual. Ele se resignou a esta vida porque pensa que não pode haver outra. E é ai mesmo que se encontra a força da dominação presente: entreter a ilusão desse sistema que colonizou toda a face da Terra é o fim da história. Convenceu a classe dominada que adaptar-se a sua ideologia é como adaptar-se ao mundo tal qual se mostra e como sempre foi. Sonhar com outro mundo se tornou um crime criticado unanimemente pelos meios de comunicação e os poderes públicos. O criminoso é na realidade aquele que contribui consciente ou não, na demência da organização social dominante. Não existe loucura maior que a do sistema atual./// A IMAGEM ...e, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste. Antigo testamento, Daniel 3:18.// Frente à devastação do mundo real, é preciso que o sistema atual colonize a consciência dos escravos. É por isso que no sistema dominante, as forças de repressão são precedidas pela dissuasão, que desde a infância, realiza sua obra de formação de escravos. Eles devem se esquecer de sua condição servil, de sua prisão, e de sua vida miserável. Basta olhar essa multidão hipnotizada frente às telas que acompanham sua vida cotidiana. Eles enganam sua insatisfação permanente com o reflexo manipulado de uma vida sonhada, feita de dinheiro, de glória e de aventura. Mas seus sonhos são tão lamentáveis como sua vida miserável. Existem imagens para todos e por todos os lados. Essas imagens levam consigo a mensagem ideológica da sociedade moderna e serve de instrumento de unificação e de propaganda. Vão crescendo à medida que o homem é desapropriado de seu mundo e de sua vida. A criança é a primeira vítima destas imagens, pois se trata de sufocar a liberdade desde o berço. É necessário torná-los estúpidos e tirar-lhes toda capacidade de reflexão e de crítica. Tudo isso se faz, evidentemente, com a cumplicidade desconcertante dos pais que não buscam se quer resistir frente à força imponente de todos os meios modernos de comunicação. Eles mesmos compram todas as mercadorias necessárias para escravizar sua progenitura. Desapropriam-se da educação de seus filhos e deixam que o sistema alienador e medíocre, se encarregue dela. Existem imagens para todas as idades e para todas as classes sociais. Os escravos modernos confundem essas imagens com cultura e, às vezes, com arte. Recorrem-se aos instintos mais baixos para vender qualquer mercadoria. E, é a mulher duplamente escrava da sociedade atual, que paga o preço mais alto. Ela é apresentada como simples objeto de consumo. A revolta foi também transformada em uma imagem que se vende para melhor destruir seu potencial subversivo. A imagem ainda é, até hoje, a forma de comunicação mais direta e mais eficaz: ela cria modelos, aliena as massas, menti, e promove frustrações. Difundi-se a ideologia mercantil pela imagem, pois o objetivo continua sendo o mesmo: vender, modelos de vida ou produtos, comportamentos ou mercadorias. Vender é o único que importa./// A DIVERSÃO “A televisão aliena aos que a vêm, e não aos que a fazem.” Patrick Poivre d’Arvor.// Estas pobres criaturas se divertem, mas esse divertimento só serve para distrair os mesmos do verdadeiro mal que lhes afeta. Deixaram que fizessem de suas vidas qualquer coisa e fingem sentirem-se orgulhosos por isso. Tentam transmitir uma satisfação, mas ninguém acredita. Não conseguem se quer enganar a si mesmos quando se deparam com reflexo frio do espelho da vida. Assim perdem tempo com estúpidos que lhes fazem rir e cantar, sonhar ou chorar. Através do esporte midiatizado se representa o êxito e o fracasso, os esforços e as vitórias, que os escravos modernos deixaram de viver em seu cotidiano. Sua insatisfação lhe incita a viver por procuração frente ao aparelho de televisão. Assim como os imperadores da Roma antiga compravam a submissão do povo com pão e jogos, hoje em dia é com diversões e consumo do vazio que se compra o silêncio dos escravos./// A LINGUAGEM “Nós acreditamos que dominamos as palavras, mas são as palavras que nos dominam.” Alain Rey.// O controle das consciências passa essencialmente pela utilização viciada da linguagem utilizada pela classe economicamente e socialmente dominante. Sendo o detentor de todos os meios de comunicação, o poder difuso a ideologia mercantil através da definição petrificada, parcial e falsa que ele dá das palavras. As palavras são apresentadas como neutras e sua definição como evidente. Porém estando sob controle do poder, a linguagem designa sempre algo muito diferente da vida real. É antes de tudo uma linguagem de resignação e impotência, a linguagem da aceitação passiva das coisas tais como são e tais quais devem permanecer. As palavras trabalham por conta da organização dominante da vida e o fato mesmo de utilizar a linguagem do poder nos condena a impotência. O problema da linguagem está no centro da luta pela emancipação humana. Não é uma forma de dominação que se junta a outras, mas o coração mesmo do projeto de submissão do sistema mercantil totalitário. Para que uma mudança radical surja de novo, é preciso uma retomada radical da linguagem, e também da comunicação real entre as pessoas. É nisto que o projeto revolucionário se une ao projeto poético. Na efervescência popular, a palavra é tomada e reinventada por grupos extensos. A espontaneidade criadora se apodera de cada um e nos reúne a todos./// A ILUSÃO DO VOTO E DA DEMOCRACIA PARLAMENTAR “Votar é abdicar.” Élisée Reclus.// No entanto, os escravos modernos ainda se vêm como cidadãos. Eles acreditam que votam realmente e decidem livremente quem vai dirigir seus negócios. Como se eles ainda tivessem escolha. Apenas conservaram a ilusão. Vocês acreditam que ainda existe uma diferença fundamental quanto à escolha da sociedade na qual nós queremos viver entre o Partido Socialista e a Direita Populista na França, entre os Democratas e os Republicanos nos Estados Unidos, entre os Trabalhistas e Conservadores no Reino Unido? Não existe oposição, pois os partidos políticos dominantes estão de acordo sobre o essencial que é a conservação da atual sociedade mercantil. Não existem partidos políticos susceptíveis de chegar ao poder que duvidem do dogma do mercado. E são estes partidos que com a cumplicidade mediática monopoliza as aparências. Discutem por pequenos detalhes esperando que tudo fique onde está. Brigam por saber quem ocupará os lugares oferecidos pelo parlamentarismo mercantil. Estas estúpidas briguinhas são difundidas pelos meios na intenção de ocultar um verdadeiro debate sobre a escolha da sociedade na qual desejamos viver. A aparência e a futilidade dominam profundamente o afronto e as ideias. Tudo isto não se parece nem de perto nem de longe a uma democracia. A democracia real se define primeiro e antes de tudo pela participação massiva dos cidadãos na gestão dos interesses da cidade. Ela é direta e participativa e encontra sua maior expressão na assembleia popular e no diálogo permanente sobre a organização da vida comum. A forma representativa e parlamentar que usurpa o nome da democracia limitam o poder dos cidadãos pelo simples direito ao voto, ou seja, a nada, tão real, que não existe diferença entre o cinza claro e o cinza escuro. As cadeiras do Parlamento estão ocupadas pela imensa maioria da classe econômica dominante, seja ela de direita ou da pretendida esquerda social-democrática. O poder não é para ser conquistado, ele tem que ser destruído. O poder é tirano por natureza, seja ele exercido por um rei, por um ditador ou um presidente eleito. A única diferença no caso da democracia parlamentar é que os escravos têm a ilusão de que podem escolher eles mesmos o mestre que eles deverão servir. O direito ao voto fez dos mesmos cúmplices da tirania esmagadora. Eles não são escravos porque existem amos, senão que existem amos porque decidiram permanecerem escravos./// O SISTEMA MERCANTIL TOTALITÁRIO “A natureza não criou amos nem escravos, eu não quero dar nem receber leis.” Denis Diderot.// O sistema dominante se define então pela onipresença de sua ideologia mercante. Ela ocupa ao mesmo tempo todo o espaço e todos os setores da vida. Ela não diz nada mais que produza, venda, consuma, acumula! Ela reduziu todas as relações humanas em relações mercantes e considera nosso planeta como uma simples mercadoria. O dever que nos impõe é o trabalho servil. O único direito que ele reconhece é o direito a propriedade privada. O único deus que ele adora é o dinheiro. O monopólio da aparência é total. Somente aparecem os homens e os discursos favoráveis na ideologia dominante. A crítica deste mundo está afogada no mar mediático que determina o que é bem ou mal, o que se pode ver ou não. A onipresença da ideologia, o culto ao dinheiro, monopólio da aparência, partido único disfarçado de pluralismo parlamentar, ausência de uma oposição visível, repressão sob todas as formas, vontade de transformar o homem e o mundo. Eis o verdadeiro rosto do totalitarismo moderno que chamamos “democracia liberal”, porém é necessário chamá-la pelo seu verdadeiro nome: o sistema mercantil totalitário. O homem, a sociedade e o conjunto de nosso planeta estão ao serviço desta ideologia. O sistema mercantil totalitário realizou o que nenhum totalitarismo conseguiu fazer antes: unificar o mundo a sua imagem. Hoje já não existe exílio possível./// PERSPECTIVAS Conforme a opressão se estende por todos os setores da vida, a revolta toma aspecto de uma guerra social. Os motins renascem e anunciam a futura revolução. A destruição da sociedade mercantil totalitária não é um caso de opinião. É uma necessidade absoluta num mundo que já está condenado. Pois o poder está em todos os lados, deve ser por todas as partes e todo o tempo que devemos combatê-lo. A reinvenção da linguagem, o transtorno permanente da vida cotidiana, a desobediência e a resistência são as palavras mágicas da revolta contra a ordem estabelecida. Mas para que desta revolta surja uma revolução, é preciso reunir as subjetividades em uma frente comum. É na unidade de todas as forças revolucionárias que devemos trabalhar. Isso só se pode conseguir quando temos consciência de nossos fracassos passados: nem o reformismo estéril, nem a burocracia totalitária não podem ser uma solução para nossa insatisfação. Trata-se de inventar novas formas de organização e de luta. A autogestão nas empresas e a democracia direta na escala comunal constituem as bases desta nova organização que deve ser anti-hierárquica tanto na forma quanto no conteúdo. O poder não é para ser conquistado, ele deve ser destruído.// “Cavalheiros, a vida é muito curta… Se nós vivemos, vivemos para andar sobre a cabeça dos reis.” Henrique IV. William de Shakespeare.

MODERN SERVITUDE

A very good text about something as visible to our eyes, but by the orchestration multifaceted control mechanisms could not get a reading of the real situation in which we find ourselves. The text is Jean François Brient and Victor Fuentes León. In which emphasizes that we are consumed daily by the media, which encourage us to consume more and more for the simple pleasure of owning and not by real need to have. We do not realize we are being consumed by the insatiable desire of human beings, as well as encouraged to do so, thus we become servants, zombies wandering flowing through the corners of the earth. MODERN servitude "My optimism is based on the certainty that this civilization will crumble. My pessimism in everything it does to drag us into their fall. "Jean-François Brient A VOLUNTARY servitude "What a terrible time this where idiots driving blind." King Lear, William Shakespeare. The modern servitude is slavery voluntarily accepted by that crowd of slaves that crawl the earth. They themselves buy the commodities that enslave them increasingly. They themselves run after work increasingly alienating, that is given generously are sufficiently tamed. They themselves choose the masters to whom they should serve. For this absurd tragedy could have happened, it was necessary to take this class, the ability to raise awareness of the exploitation and alienation of which they are victims. So that's weird modernity of the present time. Unlike the slaves of antiquity, the Middle Ages to the servants and the workers of the first industrial revolutions, today we are facing a totally slave class, which however does not realize this, or better yet, who does not want to see. They do not know the rebellion, which should be the only legitimate reaction of the exploited. Accept without question the pitiful life that was planned for them. The renunciation and resignation are the source of their misfortune. So here is the nightmare of modern slaves who only aspire to get carried away by the macabre dance of sale system. Oppression modernizes spanning all parts, forms of mystification that allow conceal our condition as slaves. Show reality as it actually is and not as it shows the power is the most authentic subversion. TERRITORIAL ORGANIZATION AND THE HABITAT "Urbanization is taking the natural and human environment by capitalism, to develop into its logic of absolute domination, redo the entire space as their own scenario." Society of the Spectacle, Guy Debord. As man builds his world with the force of alienated labor, the scene of this world becomes the prison where they will live. A sordid world without taste or odor, which carries the misery of the dominant mode of production. This scenario is eternal construction. Nothing in it is stable. Remodeling permanent space that surrounds us is justified by generalized amnesia and insecurity in which they must live their inhabitants. It's redo everything the system image: the world becomes increasingly dirty and noisy, like a plant. Each installment of this world is owned by a State or a private individual. This theft is the social exclusive appropriation of the soil, is embodied in the omnipresence of walls, barriers, and borders ... They are the visible marks this separation that pervades everything. But at the same time, the unification of space, according to the interests of the merchant culture, is the great object of our sad time. The world must turn into a huge highway streamlined to the extreme, to facilitate the transport of goods. Every obstacle, natural or human, must be destroyed. The environment where this throng servile mass is a true reflection of her life: resembling cages, the prisons, the caves. But unlike the slaves and prisoners, explored in modern times must pay for his cage. "Why is not the man, but the world has become a freak." Antonin Artaud. MERCHANDISE "At first glance, the merchandise seems a simple thing, trivial, obvious, but analyzing it, see if complicated, endowed with metaphysical subtleties and theological discussions." Das Kapital, Karl Marx. And this place is narrow and dismal, where the modern slave builds new goods which should, according to the ubiquitous advertisements, bring you happiness and fulfillment. But the more goods accumulates, the more it moves away from the opportunity to be happy. What does it profit a man to gain the whole world and lose his own soul? Mark 8:36 The merchandise, ideological in essence, stripped of his work that he produces and stripped of his life that he consumes. In the dominant economic system, is no longer demand that determines the supply, but the supply that determines demand. So that's periodically, new needs arise that are quickly seen as vital to the majority of the population: first was the radio, then the car, the television, the computer and the cell phone now. All these goods distributed massively in a short period of time, profoundly changing human relationships: on the one hand serve to isolate the men a little more like her and also to spread the messages of the dominant system. The things that have end up owning us. The FEED "What becomes food for one is poison for another." Paracelsus. But when feeding is the modern slave illustrates the state of decay into which it is. Featuring an increasingly limited time to prepare food that ingurgita, he is forced to swallow fast that the agrochemical industry produces, missing by supermarkets in search of signs that society of false abundance consent to give. Ai yet, it can only the illusion of choice. Plenty of food products only conceals its degradation and its forgery. There are more than genetically modified organisms, a mixture of dyes and preservatives, pesticides, hormones and many other inventions of modernity. The immediate gratification is the rule of the dominant power mode, it is also the rule of all forms of consumption. And the consequences that illustrate this form of power see themselves everywhere. But poverty is opposite of most Western man who enjoys his position and his frantic consumerism. In view of this, the misery is everywhere totalitarian society where reigns the merchant. Scarcity is the reverse of the coin of false abundance. And a system that promotes inequality as a criterion of progress, even if the agrochemical production is enough to feed the entire world population, hunger should never disappear. We believe that man, kind sinner par excellence, the creation dominates. As if all the other creatures had been created only to serve them food, clothing, to be martyred and exterminated. Isaac Bashevis Singer The other consequence of food abundance is false generalization plants concentration and extermination massive and barbaric species that serve as food for slaves. This is the real essence of the dominant mode of production. The life and humanity can not resist the urge to ante benefit of certain individuals. DESTRUCTION OF THE ENVIRONMENT "How sad to think that nature speaks and mankind does not listen» Victor Hugo. And plunder the planet's resources, abundant energy production or goods, trash and debris from ostentatious consumption, mortgaging the possibility of survival of our Earth and the species that inhabit it. But to leave free rein to unbridled capitalism, economic growth should never stop. We must produce, produce and reproduce more. And even if polluters are presenting today as potential saviors of the planet. These imbeciles industry show sponsored by multinational companies try to convince us that a simple change in our habits would be enough to save the planet from disaster. And while blame us continue polluting without ceasing, our environment and our spirit. These poor pseudo-ecological theories are repeated by the corrupt politicians in their advertising slogans. But never propose a radical change in the production system. It is, as ever, to change some details so that everything remains as before. WORK Labour, Latin tripalium three sticks, instrument of torture. But to enter the round of frenetic consumption, it is necessary to have money and to get money, you have to work, or sell themselves. The dominant system did work your core value. And the slaves must work harder and harder to pay their credit life miserable. They are exhausted from working so hard, lose most of their energy and have to endure the worst humiliations. Spend your whole life doing a strenuous activity and insidious that is profitable only for some. The unemployment modern invention aims to frighten them and make them endlessly thank the generosity of power that proves so generous with them. What would do without this torture that is the job? And these activities are alienating that are presented as liberators. What meanness and misery! Always rushed by timer or by the whip, every gesture of slaves is calculated with the intention of increasing productivity. The scientific organization of labor is the real essence of expropriation of workers, is the fruit of their labor, but also the time they spend in the automatic production of goods or services. The role of the worker merges with the machine in the plants, with the computer in the workshops. The paid time does not return. Thus, each worker is assigned a repetitive work, be it physical or intellectual. He is an expert in their field of production. This specialization is the scale of the planet, within the international division of labor. It is conceived in the West, is produced in Asia, in Africa dies up. The COLONIZATION OF ALL SECTORS OF LIFE "Man is the integer that is conditional on productive behavior by the organization of work, and out of the factory it retains the same skin and the same head." Chistophe Dejours The modern slave would have been able to settle their servitude to work, but as the production system colonizes every sector of life, dominated wasting your time with leisure, with entertainment and holidays. At no time in their daily lives, he escapes the influence of the system that is part of every moment of your life. It is a full time slave. MEDICINE MERCANTIL "The medicine makes us more die ..." Plutarch. The origin of the evils of the modern slave is in widespread degradation of its environment, the air we breathe, and the food he consumes, the stress caused by their working conditions and the set of their social life. His condition subservient is an evil that never find remedy. Only the total liberation of the condition in which he finds himself, may allow the modern slave be freed from their sufferings. Western medicine knows only one remedy against the evils which suffer the modern slaves: the mutilation. It is based on surgery, chemotherapy or antibiotic that treats patients medicine market. Never attack the source of evil, but that the consequences for the reason that this search for the origin of evil lead us inevitably fatal to the conviction of social organization throughout its entirety. As it turned all the details of our world in mere commodity, the current system has made our body a commodity, an object of study and experiences for learners of pseudo-medicine market and molecular biology. The owners of the world are ready for patenting living beings. The complete sequence of human DNA is the starting point of a new strategy called into action for power. The genetic decoding has no other purpose than to amplify considerably the forms of domination and control. After all, our bodies do not belong to us. OBEDIENCE AS A SECOND NATURE "From both obey, submission of acquired reflexes." Anonymous. The best runs of his life between his fingers, but he goes well because it is already accustomed to always obey. Obedience became second nature. He obeys without knowing the reason why, simply because he knows that he must obey. Obey, produce and consume, behold the triptych that dominates his life. We obey parents, teachers, bosses, owners, merchants, also obey the laws, the police and all kinds of powers, because he can not do anything else. There is something that gives you more fear disobedience, since disobey, adventure, change, is very risky. Like a child who loses sight of their parents, the modern slave feels lost without the power that created it. Then he continues obeying. It is fear that has made us slaves and keeping us in this condition. We lowered the front of the head masters of the world, we accept this life of humiliation and misery only by fear. However, we have the numerical strength against this minority ruling. Their strength does not come out of their police, but our consent. We justify our cowardice in the face of legitimate confrontation against the forces that oppress us with a speech full of moralizing humanism. The rejection of revolutionary violence is rooted in the minds of those who oppose the name of the values that this same system taught us. But when it comes to retain its hegemony, power does not hesitate to make use of violence. REPRESSION AND VIOLENCE "Under a government which holds any man unjustly, the only decent place for a just man is also a prison." Civil Disobedience, Henry David Thoreau. However, there are still individuals that are beyond the control of consciences, but they are under surveillance. Every act of rebellion or resistance is actually treated as a terrorist activity or diverted. Freedom only exists for those who defend the commercial imperatives. The real opposition to the dominant system, unfortunately, is totally illegal. For these opponents, repression is the rule in use. And the silence of the majority of slaves against this repression is justified in aspiration and media policy that denies conflict in society today. MONEY "What once was done" for the love of God, "today is done for the love of money, that is what today gives the feeling of higher power and good conscience." Aurora, Nietzsche. Like all oppressed beings in history, the modern slave need his mysticism and his god to anesthetize the evil that torments him and suffering that suffocates. But this new god, who gave his soul, is nothing more than nothing. A piece of paper, a number that makes sense only because everyone decided to give him. In the name of this new god he studies, he works, he fights and sells. In the name of this new god who abandoned their values and is willing to do anything. He believes that the more money has more be free of problems within which he is imprisoned. As possession walked hand in hand with freedom. The release is an asceticism that comes from self-control, a desire and a willingness to act. You and not be in the TER. But you need to decide to no longer serve or obey. We must also break this habit, apparently, nobody dares reproach. THERE IS NO ALTERNATIVE TO THE DOMINANT SOCIAL ORGANIZATION Acta est fabula (the part is represented) Now modern slave is convinced that there is no alternative organization in the world today. He resigned himself to this life because you think that there can be no other. And is there even if it is the strength of this domination: entertain the illusion that system that colonized the entire face of the earth is the end of history. Convinced the dominated class to adapt its ideology is how to adapt to the world as it is and shows how it has always been. Dreaming of another world became a crime unanimously criticized by the media and the public. The criminal is the one who actually contributes consciously or not, in dementia of the dominant social organization. There is no greater folly than the current system. IMAGE And ... if not, be it known O king, that we will not serve your gods or worship the gold statue you have set up. Old Testament, Daniel 3:18. Faced with the devastation of the real world, it is necessary that the current system colonize the consciousness of slaves. That is why the ruling system, the forces of repression are preceded by deterrence, since childhood, realizes his work training slaves. They should forget their servile status, his arrest, and his life miserable. Just look at this crowd mesmerized front of screens that accompany their daily lives. They deceive their dissatisfaction with the ongoing reflection manipulated dreamed of a life made of money, glory and adventure. But his dreams are so pitiful as his life miserable. There are pictures to everyone and everywhere. These images carry with them the ideological message of modern society and serves as an instrument of unification and propaganda. Will grow as man is dispossessed of his world and his life. The child is the first victim of these images, because it is stifling freedom from the cradle. It is necessary to make them stupid and take them all capacity for reflection and criticism. All this is, of course, with the complicity of parents disconcerting that no one wants to look forward forcibly resist imposing of all modern means of communication. They themselves buy all the goods necessary to enslave their offspring. Misappropriate up the education of their children and leave the system and alienating poor, take care of her. There are pictures for all ages and all walks of life. Slaves confuse these images with modern culture and sometimes with art. They resort to the baser instincts to sell any merchandise. And the woman is doubly enslaved today's society, which pays the highest price. She is presented as a mere object of consumption. The revolt was also transformed into an image that sells best to destroy its subversive potential. The image is still, to this day, the most direct form of communication and more effective: it creates models, alienates the masses, lied, and promotes frustrations. Disseminate up-market ideology by the image, because the goal remains the same: sell life models or products, or goods behaviors. Selling is all that matters. THE FUN "The television alienates those that have, and those that do not." Patrick Poivre d'Arvor. These poor creatures have fun, but that fun only serves to distract them from the true evil that affects them. They let their lives do anything and pretend to feel proud of that. Attempt to convey a satisfaction, but nobody believes. They can not want to deceive themselves when faced with cold mirror reflection of life. So spend time with stupid they make you laugh and sing, cry or dream. Through sport is mediatized represents success and failure, efforts and victories, the modern slaves stopped living in their everyday lives. His dissatisfaction prompts him to live by proxy front of the television. Like the emperors of ancient Rome bought the allegiance of the people with bread and games nowadays is with amusement and consumption of emptiness you buy the silence of slaves. THE LANGUAGE "We believe that we have mastered the words, but the words that dominate us." Alain Rey The control of consciousness is essentially vitiated by the use of the language used by the ruling class economically and socially. Being the holder of all media, the diffuse power market ideology by defining petrified, partly false and he gives the words. The words are presented as neutral and its definition as evident. But being under control of power, language always means something very different from real life. It is primarily a language of resignation and powerlessness, the language of passive acceptance of things as they are and which should remain such. Words working on behalf of the dominant organization of life and the fact that using the language of power dooms us to impotence. The problem of language is at the center of the struggle for human emancipation. There is a form of domination that joins the others, but the very heart of the project submission totalitarian mercantile system. For a radical change arises again, we need a revival of radical language, and also the communication between real people. This is where the revolutionary project joins the poetic project. In popular effervescence, the word is taken and reinvented by large groups. The creative spontaneity takes possession of each and all of us together. THE ILLUSION OF VOTING AND PARLIAMENTARY DEMOCRACY "Voting is abdicating." Élisée Reclus. However, even if modern slaves are as citizens. They really believe that they vote and decide freely who will drive their business. As if they still had a choice. Only preserved the illusion. Do you believe that there is still a fundamental difference in the choice of the society in which we want to live between the Socialist Party and the Populist Right in France between Democrats and Republicans in the United States, between Labour and Conservatives in the UK? There is no opposition, because the dominant political parties agree on the essential which is the conservation of the existing mercantile society. There are no political parties may come to power who doubt the market dogma. And who are these parties with the complicity monopolize media appearances. By discussing small details hoping that everything stays where it is. Fight for knowing who occupy the seats offered by commercial parliamentarism. These stupid squabbles are disseminated by the media in an attempt to hide a real debate on the choice of the society in which we wish to live. The appearance and futility dominate deeply defy and ideas. All this does not look nowhere near far from a democracy. Real democracy is defined first and foremost by the massive participation of citizens in the management of the interests of the city. She is direct and participatory and finds its greatest expression in the popular assembly and constant dialogue about the organization of common life. The parliamentary and representative way that usurps the name of democracy limit the power of the citizens for the simple right to vote, or to nothing, so real, that there is no difference between the light gray and dark gray. The parliamentary seats are occupied by the vast majority of the dominant economic class, be it right or left of the desired social-democratic. Power is not to be won, it must be destroyed. Power is by nature a tyrant, whether exercised by a king, a dictator or an elected president. The only difference in the case of parliamentary democracy is that slaves have the illusion that they can choose the same master they will serve. The right to vote has the same accomplices of tyranny overwhelming. They are not slaves because there are masters, but they decided to stay there because slave masters. The totalitarian SYSTEM MERCANTIL "Nature did not create masters nor slaves, I do not want to give or receive any laws." Denis Diderot. The dominant system is defined then by the omnipresence of ideology merchant. It occupies the same time all the space and all walks of life. She says nothing more to produce, sell, consume, accumulate! It reduced all human relations in merchant relationships and considers our planet as a mere commodity. The duty is imposed on us by the menial work. The only law is that it recognizes the right to private property. The only god he worships is money. The monopoly of appearance is total. Only men appear and speeches in favor dominant ideology. Criticism of this world is drowned in the sea media determines what is good or bad, what you can see or not. The ubiquity of ideology, the worship of money, monopoly of appearance, disguised as a single party parliamentary pluralism, absence of a visible opposition, repression in all its forms, will transform man and the world. Behold the true face of modern totalitarianism we call "liberal democracy", but it is necessary to call it by its real name: the totalitarian mercantile system. The man, society and the whole of our planet are at the service of this ideology. The mercantile system accomplished what no totalitarian totalitarianism done before: unify the world its image. Today there is no longer possible exile. OUTLOOK As the oppression spans all sectors of life, the revolt takes social aspect of war. Riots reborn and announce the coming revolution. The destruction of the totalitarian mercantile society is not a matter of opinion. It is an absolute necessity in a world that is condemned already. For the power is on all sides, should be everywhere all the time and we should fight it. The reinvention of language, the permanent disorder of everyday life, disobedience and resistance are the magic words of revolt against the established order. But for this revolt a revolution arises, you must gather the subjectivities into a common front. It is the unity of all revolutionary forces that should work. This can only be achieved when we are aware of our past failures: not the sterile reformism nor totalitarian bureaucracy can not be a solution to our dissatisfaction. This is to invent new forms of organization and struggle. Self-management in companies and direct democracy on the scale communal constitute the foundations of this new organization is to be anti-hierarchical in form and in content. Power is not to be won, it must be destroyed. "Gentlemen, life is too short ... If we live, we live to walk on the heads of kings." Henry IV. William Shakespeare.

SERVITUDE MODERNE

Un très bon texte à propos de quelque chose d'aussi visible à nos yeux, mais par des mécanismes de contrôle de l'orchestration des multiples facettes n'a pas pu obtenir une lecture de la situation réelle dans laquelle nous nous trouvons. Le texte est Jean-François Brient et Victor Fuentes León. En ce qui souligne que nous avons sont consommées quotidiennement par les médias, qui nous encouragent à consommer de plus en plus pour le simple plaisir de posséder et non par besoin réel d'avoir. Nous ne réalisons pas que nous sont consommées par le désir insatiable des êtres humains, ainsi que encouragées à le faire, donc nous devenons serviteurs, des zombies errants qui coule à travers les coins de la terre. SERVITUDE MODERNE «Mon optimisme est basé sur la certitude que cette civilisation va s'effondrer. Mon pessimisme dans tout ce qu'elle fait pour nous entraîner dans leur chute." Jean-François Brient UNE SERVITUDE VOLONTAIRE "Quelle époque terrible où cette idiots conduite aveugle." Le Roi Lear, de William Shakespeare. La servitude moderne est l'esclavage volontairement acceptée par cette foule d'esclaves qui rampent sur la terre. Ils achètent eux-mêmes les produits qui les asservissent de plus en plus. Ils se courent après travailler de plus en plus aliénant, que l'on donne généreusement sont suffisamment apprivoisé. Ils choisissent eux-mêmes les maîtres à qui ils doivent servir. Pour cette tragédie absurde aurait pu se passer, il était nécessaire de prendre cette classe, la capacité à sensibiliser l'exploitation et l'aliénation dont ils sont victimes. Donc, c'est la modernité bizarre de l'époque actuelle. Contrairement aux esclaves de l'Antiquité, du Moyen Age à les serviteurs et les ouvriers des premières révolutions industrielles, nous sommes aujourd'hui face à une classe d'esclaves totalement, ce qui ne veut toutefois pas s'en rendre compte, ou mieux encore, qui ne veut pas voir. Ils ne savent pas la rébellion, qui devrait être la seule réaction légitime des exploités. Accepter sans discuter la vie pitoyable qui a été prévu pour eux. Le renoncement et la résignation sont la source de leur malheur. Voici donc le cauchemar des esclaves modernes qui n'aspirent qu'à se laisser emporter par la danse macabre du système de vente. Modernise l'oppression couvrant toutes les régions, les formes de mystification qui permettent dissimuler notre condition d'esclaves. Montrer la réalité telle qu'elle est vraiment et non pas comme elle montre la puissance est la subversion la plus authentique. ORGANISATION TERRITORIALE ET DE L'HABITAT «L'urbanisation prend de l'environnement naturel et humain par le capitalisme, à développer dans sa logique de domination absolue, refaire tout l'espace que leur propre scénario." La Société du Spectacle de Guy Debord. Comme l'homme construit son monde avec la force du travail aliéné, la scène de ce monde devient la prison où ils vivront. Un monde sordide, sans goût ni odeur, qui porte la misère du mode de production dominant. Ce scénario est la construction éternelle. Rien n'y est stable. Remodelage espace permanent qui nous entoure est justifiée par l'amnésie généralisée et l'insécurité dans laquelle ils doivent vivre de leurs habitants. C'est tout refaire l'image du système: le monde devient de plus en plus sale et bruyant, comme une usine. Chaque tranche de ce monde est détenu par un État ou un particulier. Ce vol est l'appropriation sociale exclusive du sol, s'incarne dans l'omniprésence des murs, des barrières et des frontières ... Ce sont les marques visibles de cette séparation qui envahit tout. Mais dans le même temps, l'unification de l'espace, selon les intérêts de la culture marchande, est le grand objet de notre triste époque. Le monde doit se transformer en une énorme autoroute simplifié à l'extrême, pour faciliter le transport de marchandises. Chaque obstacle, naturel ou humain, doit être détruit. L'environnement dans lequel cette masse servile cohue est un reflet fidèle de sa vie: cages ressemblant, les prisons, les grottes. Mais à la différence des esclaves et des prisonniers, a exploré dans les temps modernes doit payer sa cage. «Pourquoi n'est pas l'homme, mais le monde est devenu un monstre." Antonin Artaud. MARCHANDISES «À première vue, la marchandise semble être une chose simple, banal, évident, mais il analyse, voir si complexe, doté de subtilités métaphysiques et discussions théologiques." Das Kapital, Karl Marx. Et cet endroit est étroit et sombre, où l'esclave moderne construit de nouveaux produits qui devraient, selon les annonces omniprésentes, vous apporter bonheur et d'épanouissement. Mais les plus de marchandises s'accumulent, plus il s'éloigne de la possibilité d'être heureux. Que faut-il à un homme de gagner le monde entier et de perdre son âme? Marc 8:36 La marchandise, idéologique par essence, dépouillée de son travail qu'il produit et dépouillé de sa vie qu'il consomme. Dans le système économique dominant, n'est plus la demande qui détermine l'offre, mais l'offre qui détermine la demande. C'est donc périodiquement, de nouveaux besoins apparaissent, qui sont rapidement considéré comme vital pour la majorité de la population: d'abord c'était la radio, puis la voiture, la télévision, l'ordinateur et le téléphone portable maintenant. Tous ces biens distribués massivement dans un court laps de temps, modifiant profondément les relations humaines: d'une part servir à isoler les hommes un peu plus comme elle et aussi pour diffuser les messages du système dominant. Les choses qui n'ont finissent par nous posséder. Le FEED "Que devient la nourriture pour l'un est poison pour l'autre." Paracelse. Mais lorsque l'alimentation est l'esclave moderne illustre l'état de délabrement dans lequel il est. Doté d'un temps de plus en plus limité pour préparer la nourriture que ingurgita, il est forcé d'avaler rapidement que l'industrie agrochimique produit, manquant par les supermarchés à la recherche de signes que la société du consentement abondance faux à donner. Ai encore, il ne peut que l'illusion du choix. Beaucoup de produits alimentaires ne dissimule sa dégradation et sa falsification. Il ya plus que les organismes génétiquement modifiés, d'un mélange de colorants et de conservateurs, de pesticides, d'hormones et de nombreuses autres inventions de la modernité. La gratification immédiate est la règle du mode de puissance dominante, elle est aussi la règle de toutes les formes de consommation. Et les conséquences qui illustrent cette forme de pouvoir se voir partout. Mais la pauvreté est à l'opposé de l'homme le plus occidental qui jouit de sa position et de sa consommation boulimique. Dans cette perspective, la misère est partout société totalitaire où règne le marchand. La rareté est le revers de la médaille de l'abondance faux. Et un système qui favorise l'inégalité comme critère de progrès, même si la production agrochimique est assez pour nourrir toute la population mondiale, la faim ne devrait jamais disparaître. Nous croyons que l'homme, par excellence genre pécheur, la création domine. Comme si toutes les autres créatures ont été créées uniquement pour servir de la nourriture, des vêtements, pour être martyrisé et exterminés. Isaac Bashevis Singer L'autre conséquence de l'abondance de nourriture est fausse généralisation plantes concentration et d'extermination massives d'espèces et barbare qui servent de nourriture aux esclaves. C'est l'essence même du mode de production dominant. La vie et l'humanité ne peut pas résister à l'envie de bénéfice ante de certains individus. DESTRUCTION DE L'ENVIRONNEMENT «Comme c'est triste de penser que la nature parle et l'homme n'écoute pas» Victor Hugo. Et piller les ressources de la planète, la production d'énergie abondante ou de marchandises, déchets et débris de consommation ostentatoire, d'hypothéquer la possibilité de survie de notre Terre et des espèces qui l'habitent. Mais laisser libre cours à un capitalisme débridé, la croissance économique ne devrait jamais s'arrêter. Il faut produire, produire et reproduire plus. Et même si les pollueurs présentons aujourd'hui comme des sauveurs potentiels de la planète. Ceux-ci montrent industrie imbéciles parrainés par des entreprises multinationales essayent de nous convaincre qu'un simple changement dans nos habitudes suffirait à sauver la planète d'un désastre. Et tandis que nous blâmer continuer à polluer sans cesse notre environnement et notre esprit. Ces pauvres pseudo-théories écologiques sont répétées par les politiciens corrompus dans leurs slogans publicitaires. Mais jamais proposer un changement radical dans le système de production. Il est, comme toujours, de changer quelques détails pour que tout reste comme avant. TRAVAIL Travail, le latin tripalium trois bâtons, instrument de torture. Mais pour entrer dans la ronde de la consommation frénétique, il est nécessaire d'avoir de l'argent et d'obtenir de l'argent, il faut travailler, ou de vendre eux-mêmes. Le système dominant ne fonctionne votre valeur fondamentale. Et les esclaves doivent travailler plus dur et plus dur pour payer leur vie misérable de crédit. Ils sont épuisés par tant d'efforts, de perdre l'essentiel de leur énergie et à subir les pires humiliations. Passez votre vie à faire une activité physique intense et insidieuse qui n'est rentable que pour certains. L'invention du chômage moderne vise à les effrayer et les faire remercier sans cesse la générosité de puissance qui prouve si généreux avec eux. Que ferais sans cette torture qui est le travail? Et ces activités sont aliénantes qui sont présentés comme des libérateurs. Quelle bassesse et la misère! Toujours pressés par minuterie ou par le fouet, chaque geste des esclaves est calculé avec l'intention d'accroître la productivité. L'organisation scientifique du travail est la véritable essence de l'expropriation des travailleurs, est le fruit de leur travail, mais aussi le temps qu'ils passent à la production automatique de biens ou de services. Le rôle du travailleur se confond avec la machine dans les usines, avec l'ordinateur dans les ateliers. Le temps payé ne revient pas. Ainsi, chaque travailleur est assigné un travail répétitif, qu'elle soit physique ou intellectuelle. Il est un expert dans leur domaine de production. Cette spécialisation est l'échelle de la planète, au sein de la division internationale du travail. Il est conçu en Occident, est produite en Asie, en Afrique meurt en place. La colonisation de tous les secteurs de la vie «L'homme est l'entier qui est subordonné à un comportement productif par l'organisation du travail, et hors de l'usine, il conserve la même peau et la même tête." Dejours Chistophe L'esclave moderne aurait pu régler leur servitude au travail, mais que le système de production colonise tous les secteurs de la vie, dominé perdre votre temps aux loisirs, aux divertissements et les jours fériés. A aucun moment dans leur vie quotidienne, il échappe à l'influence du système qui fait partie de chaque instant de votre vie. Il s'agit d'un esclave à temps plein. MÉDECINE MERCANTIL «La médecine nous rend plus die ..." Plutarque. L'origine des maux de l'esclave moderne est en dégradation généralisée de son environnement, l'air que nous respirons et la nourriture qu'il consomme, le stress causé par leurs conditions de travail et l'ensemble de leur vie sociale. Son état servile est un mal qui jamais trouver remède. Seule la libération totale de l'état dans lequel il se trouve, peut permettre à l'esclave moderne se libérer de leurs souffrances. La médecine occidentale ne connaît qu'un seul remède contre les maux qui souffrent les esclaves modernes: la mutilation. Il repose sur la chirurgie, la chimiothérapie ou antibiotique qui traite les patients marché de la médecine. Ne jamais s'attaquer à la source du mal, mais que les conséquences pour la raison que cette recherche de l'origine du mal nous conduire inévitablement fatale à la condamnation de l'organisation sociale à travers son intégralité. Comme il s'est avéré tous les détails de notre monde en simple marchandise, le système actuel a fait de notre corps comme un objet, un objet d'étude et d'expérience pour les apprenants de pseudo-médecine et de la biologie moléculaire marché. Les maîtres du monde sont prêts à breveter les êtres vivants. La séquence complète de l'ADN humain est le point de départ d'une nouvelle stratégie mis en action pour le pouvoir. Le décodage génétique n'a d'autre but que d'amplifier considérablement les formes de domination et de contrôle. Après tout, notre corps ne nous appartient pas. L'obéissance comme une seconde nature "De deux obéissent, la soumission des réflexes acquis." Anonyme. Les meilleurs parcours de sa vie entre ses doigts, mais il va bien, car il est déjà habitué à toujours obéir. L'obéissance est devenue une seconde nature. Il obéit sans savoir pourquoi, simplement parce qu'il sait qu'il doit obéir. Obéir, produire et consommer, voilà le triptyque qui domine sa vie. Nous obéissons parents, les enseignants, les patrons, propriétaires, commerçants, également obéir aux lois, la police et toutes sortes de pouvoirs, parce qu'il ne peut rien faire d'autre. Il ya quelque chose qui vous donne plus de peur désobéissance, car désobéir, l'aventure, le changement, c'est très risqué. Comme un enfant qui perd de vue ses parents, l'esclave moderne se sent perdu sans le pouvoir qui l'a créé. Puis il continue obéir. C'est la peur qui a fait de nous des esclaves et de nous maintenir dans cet état. Nous avons réduit le devant de la tête maîtres du monde, nous acceptons cette vie d'humiliation et de misère que par la peur. Cependant, nous avons la force numérique de ce jugement minoritaire. Leur force ne vient pas de leur police, mais notre consentement. Nous justifions notre lâcheté face à la confrontation légitime contre les forces qui nous oppriment par un discours plein d'humanisme moralisateur. Le rejet de la violence révolutionnaire est ancré dans les esprits de ceux qui s'opposent au nom des valeurs que ce même système nous a enseigné. Mais quand il s'agit de conserver son hégémonie, le pouvoir n'hésite pas à faire usage de la violence. Répression et la violence "Sous un gouvernement qui détient un homme injustement, le seul endroit décent pour un homme juste est aussi en prison." Désobéissance civile, Henry David Thoreau. Cependant, il ya encore des individus qui échappent au contrôle des consciences, mais ils sont sous surveillance. Tout acte de rébellion ou de résistance est effectivement traitée comme une activité terroriste ou détournées. La liberté n'existe que pour ceux qui défendent les impératifs commerciaux. La véritable opposition au système dominant, malheureusement, est totalement illégal. Pour ces opposants, la répression est la règle en cours d'utilisation. Et le silence de la majorité des esclaves contre cette répression est justifiée dans l'aspiration et de la politique des médias qui nie les conflits dans la société d'aujourd'hui. ARGENT "Ce qui autrefois était fait" pour l'amour de Dieu, «aujourd'hui est fait pour l'amour de l'argent, c'est ce que donne aujourd'hui le sentiment de puissance plus élevée et la bonne conscience." Aurora, Nietzsche. Comme tous les êtres opprimés de l'histoire, l'esclave moderne besoin de son mysticisme et son dieu pour anesthésier le mal qui le tourmente et la souffrance qui étouffe. Mais ce nouveau dieu, qui a donné son âme, n'est rien de plus que rien. Un morceau de papier, un numéro qui n'a de sens que parce que tout le monde a décidé de lui donner. Au nom de ce nouveau dieu qu'il étudie, il travaille, il se bat et se vend. Au nom de ce nouveau dieu qui a abandonné ses valeurs et est prêt à faire n'importe quoi. Il croit que le plus d'argent a plus exempt de problèmes dans lequel il est emprisonné. Comme la possession marchaient main dans la main avec la liberté. La libération est une ascèse qui provient de la maîtrise de soi, un désir et une volonté d'agir. Vous et ne pas être dans le TER. Mais vous devez décider de ne plus servir et d'obéir. Nous devons aussi rompre avec cette habitude, apparemment, personne n'ose reproche. Il n'existe aucune alternative DE L'ORGANISATION SOCIALE DOMINANTE Acta fabula intérêt (la partie est représentée) Maintenant esclave moderne est convaincu qu'il n'y a pas d'organisation alternative dans le monde d'aujourd'hui. Il se résigna à cette vie parce que vous pensez qu'il peut y avoir aucun autre. Et c'est là, même si c'est la force de cette domination: entretenir l'illusion que le système qui a colonisé toute la surface de la terre est la fin de l'histoire. Convaincu de la classe dominée à adapter son idéologie est de savoir comment s'adapter au monde tel qu'il est et montre comment il a toujours été. Rêver d'un autre monde est devenu un crime unanimement critiquée par les médias et le public. Le criminel est celui qui contribue réellement consciemment ou non, dans la démence de l'organisation sociale dominante. Il n'ya pas de plus grande folie que le système actuel. IMAGE Et ... sinon, sache, ô roi, que nous ne servirons pas tes dieux et n'adorent pas la statue d'or que vous avez mis en place. Ancien Testament, Daniel 3:18. Face à la dévastation du monde réel, il est nécessaire que le système actuel coloniser la conscience des esclaves. C'est pourquoi le système en place, les forces de répression sont précédées par la dissuasion, depuis l'enfance, réalise ses esclaves de formation professionnelle. Ils doivent oublier leur condition servile, son arrestation et sa vie misérable. Il suffit de regarder cette foule hypnotisée devant des écrans qui accompagnent leur vie quotidienne. Ils trompent leur insatisfaction quant à la réflexion en cours manipulé rêvé d'une vie faite d'argent, de gloire et d'aventure. Mais ses rêves sont si pitoyable que sa vie misérable. Il ya des photos à tout le monde et partout. Ces images portent avec eux le message idéologique de la société moderne et sert d'instrument d'unification et de propagande. Augmentera à mesure que l'homme est dépossédé de son monde et sa vie. L'enfant est la première victime de ces images, car il étouffe la liberté de la station. Il est nécessaire pour les rendre stupides et les prendre tous la capacité de réflexion et de critique. Tout cela est, bien sûr, avec la complicité des parents déconcertant de constater que personne ne veut nous réjouissons de force résister à l'imposition de tous les moyens modernes de communication. Ils achètent eux-mêmes toutes les marchandises nécessaires pour asservir leur progéniture. Détourner l'éducation de leurs enfants et de quitter le système et d'aliéner des pauvres, prendre soin d'elle. Il ya des images pour tous les âges et de tous horizons de la vie. Esclaves confondre ces images avec la culture moderne et parfois avec l'art. Ils recourent à des instincts les plus bas pour vendre un produit. Et la femme est doublement asservi la société d'aujourd'hui, qui paie le plus lourd tribut. Elle est présentée comme un simple objet de consommation. La révolte a été également transformée en une image qui se vend le mieux pour détruire son potentiel subversif. L'image est encore, à ce jour, la forme la plus directe de communication et plus efficace: il crée des modèles, aliène les masses, menti, et favorise les frustrations. Diffuser haut de gamme idéologie par l'image, parce que l'objectif reste le même: vendre des modèles de vie ou des produits, ou des comportements des biens. La vente est tout ce qui compte. LE PLAISIR "La télévision aliène ceux qui ont et ceux qui n'en ont pas." Patrick Poivre d'Arvor. Ces pauvres créatures avoir du plaisir, mais ce plaisir ne sert qu'à les distraire de la véritable mal qui les affecte. Ils ont laissé leur vie n'importe quoi et faire semblant de se sentir fier. Tente de transmettre une satisfaction, mais personne n'y croit. Ils ne peuvent pas vouloir se tromper lorsqu'ils sont confrontés à une réflexion miroir froid de vie. Donc passer du temps avec stupide qu'ils vous font rire et chanter, pleurer ou rêver. À travers le sport est médiatisé représente le succès et l'échec, les efforts et les victoires, les esclaves modernes cessé de vivre dans leur vie quotidienne. Son insatisfaction pousse à vivre par procuration devant la télévision. Comme les empereurs de la Rome antique a acheté l'allégeance du peuple avec du pain et des jeux est aujourd'hui avec amusement et de la consommation du vide vous acheter le silence des esclaves. LA LANGUE «Nous croyons que nous avons maîtrisé les mots, mais les mots qui nous dominent." Alain Rey Le contrôle de la conscience est essentiellement viciée par l'utilisation de la langue utilisée par la classe dirigeante économique et social. Être titulaire de tous les médias, l'idéologie de pouvoir diffus marché en définissant pétrifié, en partie fausse et il donne les mots. Les mots sont présentés comme neutres et sa définition comme en témoignent. Mais étant sous le contrôle de la puissance, de la langue, c'est toujours quelque chose de très différent de la vie réelle. Il est principalement un langage de résignation et l'impuissance, la langue de l'acceptation passive des choses telles qu'elles sont et qui devrait le rester. Mots travaillant pour le compte de l'organisation dominante de la vie et le fait que l'utilisation de la langue de puissance condamne à l'impuissance. Nous Le problème de la langue est au centre de la lutte pour l'émancipation humaine. Il ya une forme de domination qui rejoint les autres, mais au cœur même de la présentation du projet du système totalitaire marchand. Pour un changement radical se pose à nouveau, nous avons besoin d'un renouveau de la langue radicale, et aussi la communication entre les gens réels. C'est là que le projet révolutionnaire rejoint le projet poétique. En effervescence populaire, le mot est pris et réinventé par les grands groupes. La spontanéité créatrice s'empare de tous et de chacun d'entre nous. L'ILLUSION DE VOTE ET DEMOCRATIE PARLEMENTAIRE "Le vote est abdiquer." Élisée Reclus. Cependant, même si les esclaves modernes sont les citoyens. Ils croient vraiment qu'ils voter et décider librement qui pilotera leur entreprise. Comme s'ils avaient encore le choix. Seulement préservé l'illusion. Croyez-vous qu'il ya encore une différence fondamentale dans le choix de la société dans laquelle nous voulons vivre entre le Parti socialiste et la droite populiste en France entre démocrates et républicains aux États-Unis, entre les Travaillistes et Conservateurs au Royaume-Uni? Il n'y a pas d'opposition, parce que les partis politiques dominants d'accord sur l'essentiel qui est la conservation de l'existant société mercantile. Il n'existe pas de partis politiques peuvent arriver au pouvoir qui doutent de l'dogme du marché. Et qui sont ces parties avec la complicité monopoliser apparitions dans les médias. En discutant de petits détails en espérant que tout reste où il est. Se battre pour savoir qui occupent les sièges offerts par le parlementarisme commerciale. Ces querelles stupides sont diffusées par les médias dans une tentative de cacher un vrai débat sur le choix de la société dans laquelle nous voulons vivre. L'apparence et la futilité dominent profondément défier et d'idées. Tout cela n'a pas l'air loin d'être loin d'une démocratie. La vraie démocratie se définit avant tout par la participation massive des citoyens à la gestion des intérêts de la ville. Elle est directe et participative et trouve sa plus grande expression dans l'assemblée populaire et un dialogue constant sur l'organisation de la vie commune. La voie parlementaire et représentatif qui usurpe le nom de la démocratie limiter le pouvoir des citoyens pour le simple droit de voter, ou pour rien, si réel, qu'il n'y a pas de différence entre le gris clair, gris foncé. Les sièges parlementaires sont occupés par la grande majorité de la classe économique dominante, que ce soit à droite ou à gauche de la social-démocratie souhaitée. L'alimentation n'est pas à gagner, il doit être détruit. Le pouvoir est, par nature, un tyran, qu'il soit exercé par un roi, un dictateur ou un président élu. La seule différence dans le cas de la démocratie parlementaire, c'est que les esclaves ont l'illusion qu'ils peuvent choisir le même maître, ils serviront. Le droit de vote a les mêmes complices de la tyrannie écrasante. Ils ne sont pas esclaves parce qu'il ya des maîtres, mais ils ont décidé d'y rester parce que maîtres d'esclaves. Le système totalitaire MERCANTIL «La nature n'a pas créé maîtres ni esclaves, je ne veux pas donner ou recevoir des lois." Denis Diderot. Le système dominant se définit donc par l'omniprésence de l'idéologie marchande. Il occupe en même temps tout l'espace et tous les horizons de la vie. Elle ne dit rien de plus à produire, vendre, consommer, accumuler! Elle a réduit toutes les relations humaines dans les relations marchandes et considère notre planète comme une simple marchandise. Le devoir nous est imposée par le travail servile. La seule loi est qu'elle reconnaît le droit à la propriété privée. Le seul dieu qu'il adore c'est de l'argent. Le monopole de l'apparence est total. Seuls les hommes apparaissent et les discours de l'idéologie dominante faveur. La critique de ce monde est noyé dans les médias de la mer détermine ce qui est bon ou mauvais, ce que vous pouvez voir ou non. L'omniprésence de l'idéologie, le culte de l'argent, monopole de l'apparence, déguisé en un pluralisme parlementaire du parti unique, l'absence d'une opposition visible, répression sous toutes ses formes, va transformer l'homme et le monde. Voici le vrai visage du totalitarisme moderne que nous appelons la «démocratie libérale», mais il est nécessaire de l'appeler par son vrai nom: le système totalitaire marchand. L'homme, la société et l'ensemble de notre planète sont au service de cette idéologie. Le système mercantile a accompli ce qu'aucun totalitarisme totalitaire fait auparavant: unifier le monde à son image. Aujourd'hui, il n'est plus possible de l'exil. PERSPECTIVES Comme l'oppression s'étend à tous les secteurs de la vie, la révolte prend aspect social de la guerre. Les émeutes renaissent et annoncent la révolution à venir. La destruction de la société mercantile totalitaire n'est pas une question d'opinion. Il s'agit d'une nécessité absolue dans un monde qui est déjà condamné. Pour l'alimentation est sur tous les côtés, doit être partout tout le temps et nous devons le combattre. La réinvention du langage, le trouble permanent de la vie, de désobéissance quotidienne et la résistance sont les maîtres mots de révolte contre l'ordre établi. Mais pour que cette révolte une révolution survient, vous devez rassembler les subjectivités dans un front commun. C'est l'unité de toutes les forces révolutionnaires qui devraient fonctionner. Ceci ne peut être accompli lorsque nous sommes conscients de nos échecs passés: non le réformisme stérile, ni la bureaucratie totalitaire ne peut pas être une solution à notre insatisfaction. Il s'agit d'inventer de nouvelles formes d'organisation et de lutte. L'autogestion dans les entreprises et la démocratie directe sur la commune échelle constituent les fondements de cette nouvelle organisation est d'être anti-hiérarchique dans sa forme et dans son contenu. L'alimentation n'est pas à gagner, il doit être détruit. «Messieurs, la vie est trop courte ... Si nous vivons, nous vivons pour marcher sur la tête des rois." Henry IV. William Shakespeare.

SERVIDUMBRE MODERNA

Un texto muy bien acerca de algo tan visible a nuestros ojos, sino por los mecanismos de control de orquestación multifacéticos no pudimos conseguir una lectura de la situación real en la que nos encontramos. El texto es Jean François Brient y Víctor Fuentes León. En lo que hace hincapié en que se consumen a diario por los medios de comunicación, que nos animan a consumir más y más por el simple placer de poseer y no por necesidad real de tener. No nos damos cuenta que estamos siendo consumidos por el deseo insaciable de los seres humanos, así como alentar a hacerlo, nos convertimos en siervos, zombis errantes que fluye a través de los rincones de la tierra. SERVIDUMBRE MODERNA "Mi optimismo se basa en la certeza de que esta civilización se derrumbará. Mi pesimismo en todo lo que hace que nos arrastra en su caída." Jean-François Brient A SERVIDUMBRE VOLUNTARIA "¡Qué terrible momento en que este idiotas conduciendo a ciegas". Rey Lear, de William Shakespeare. La servidumbre moderna es una esclavitud voluntaria aceptada por esa multitud de esclavos que se arrastran por la tierra. Ellos mismos compran las mercancías que los esclavizan cada vez más. Ellos se ejecuta después de trabajar cada vez más alienante que se da generosamente están suficientemente domesticado. Ellos mismos eligen los amos a los que debe servir. Para que esta tragedia absurda pueda haber ocurrido, era necesario tomar esta clase, la capacidad de crear conciencia sobre la explotación y la alienación de la que son víctimas. Así que eso es raro modernidad de la actualidad. A diferencia de los esclavos de la antigüedad, la Edad Media hasta los criados y los trabajadores de las revoluciones industriales, en primer lugar, hoy en día nos enfrentamos a una clase esclava totalmente, lo que sin embargo no se da cuenta de esto, o mejor aún, que no quiere ver. No saben la rebelión, que debería ser la única reacción legítima de los explotados. Aceptar sin discutir la vida lamentable que se planeó para ellos. La renuncia y la resignación son la fuente de su desgracia. Así que aquí es la pesadilla de los esclavos modernos que sólo aspiran a dejarse llevar por la danza macabra del sistema de venta. Moderniza opresión que abarcan todas las partes, las formas de mistificación que permiten ocultar nuestra condición de esclavos. Mostrar la realidad tal como es y no como lo muestra el poder de la subversión es más auténtica. ORGANIZACIÓN TERRITORIAL Y HÁBITAT DEL "La urbanización está tomando el medio ambiente natural y humano por el capitalismo, para convertirse en su lógica de dominación absoluta, rehacer la totalidad del espacio como su propio escenario". La sociedad del espectáculo, Guy Debord. Como el hombre construye su mundo con la fuerza del trabajo alienado, la escena de este mundo se vuelve la cárcel donde van a vivir. Un mundo sórdido, sin sabor ni olor, que lleva a la miseria del modo de producción dominante. Este escenario es construcción eterna. Nada en ella es estable. Remodelación espacio permanente que nos rodea está justificada por la amnesia generalizada y la inseguridad en la que tienen que vivir sus habitantes. Es todo lo que rehacer la imagen del sistema: el mundo se vuelve cada vez más sucio y ruidoso, como una planta. Cada entrega de este mundo es propiedad de un Estado o de un particular. Este robo es la apropiación social exclusivo de la tierra, se materializa en la omnipresencia de los muros, barreras y fronteras ... Son las marcas visibles de esa separación que lo invade todo. Pero al mismo tiempo, la unificación del espacio, de acuerdo con los intereses de la cultura mercantil, es el gran objetivo de nuestra época triste. El mundo debe convertirse en una autopista enorme simplificado al extremo, para facilitar el transporte de mercancías. Todo obstáculo, natural o humano, debe ser destruido. El entorno en el que esta masa muchedumbre servil es un fiel reflejo de su vida: jaulas, se asemejan a las cárceles, las cuevas. Pero a diferencia de los esclavos y prisioneros, explorado en la época moderna debe pagar por su jaula. "¿Por qué no es el hombre, pero el mundo se ha convertido en un fenómeno." Antonin Artaud. MERCANCÍA "A primera vista, la mercancía parece una cosa simple, obvio trivial, pero su análisis, a ver si complicado, dotado de sutilezas metafísicas y discusiones teológicas". El capital, de Karl Marx. Y este lugar es estrecho y sombrío, donde el esclavo moderno construye nuevos bienes que se debe, de acuerdo con los anuncios en todas partes, te traen felicidad y satisfacción. Pero los bienes más se acumula, más se aleja de la oportunidad de ser feliz. Lo qué le sirve al hombre ganar el mundo entero si pierde su alma? Marcos 8:36 La mercancía, ideológica, en esencia, despojado de su trabajo que produce y despojado de su vida que él consume. En el sistema económico dominante, ya no es la demanda que determina el suministro, pero la fuente que determina la demanda. Así que eso es periódica, surgen nuevas necesidades que se revelan pronto como vital para la mayoría de la población: primero fue la radio, luego el coche, la televisión, el ordenador y el teléfono celular ahora. Todas estas mercancías distribuidas masivamente en un corto período de tiempo, modificando profundamente las relaciones humanas: por un lado sirven para aislar a los hombres un poco más a ella y también para difundir los mensajes del sistema dominante. Las cosas que no tienen final siendo dueños de nosotros. El FEED "Lo que se convierte en alimento para uno es veneno para otro". Paracelso. Pero cuando la alimentación es el esclavo moderno ilustra el estado de deterioro en que se encuentra. Con un tiempo cada vez más limitado para preparar la comida que ingurgita, se ve obligado a tragar rápido que la industria agroquímica produce, la falta de los supermercados en busca de señales de que la sociedad de la falsa abundancia consentimiento para dar. Ai sin embargo, sólo puede la ilusión de la elección. Un montón de productos alimenticios sólo oculta su degradación y su falsificación. Hay más de organismos modificados genéticamente, una mezcla de colorantes y conservantes, pesticidas, hormonas y muchas otras invenciones de la modernidad. La gratificación inmediata es la regla del modo de alimentación dominante, es también el estado de todas las formas de consumo. Y las consecuencias que ilustran esta forma de poder se ven por todas partes. Pero la pobreza es lo contrario de la mayor parte del hombre occidental que disfruta de su posición y su consumismo frenético. En vista de ello, la miseria está en todas partes sociedad totalitaria donde reina el comerciante. La escasez es el reverso de la moneda de falsa abundancia. Y un sistema que promueve la desigualdad como un criterio de progreso, incluso si la producción agroquímica es suficiente para alimentar a toda la población mundial, el hambre nunca debería desaparecer. Creemos que el hombre, especie pecadora por excelencia, domina la creación. Como si todas las demás criaturas se habían creado sólo para servir la comida, la ropa, para ser martirizado y exterminado. Isaac Bashevis Singer La otra consecuencia de la abundancia de comida es falsa generalización concentración de plantas y especies de exterminio masivo y brutal que sirven de alimento para los esclavos. Esta es la verdadera esencia del modo de producción dominante. La vida y la humanidad no puede resistir la tentación de beneficios ante de ciertos individuos. DESTRUCCIÓN DEL MEDIO AMBIENTE "Qué triste es pensar que la naturaleza habla y el hombre no escucha» Victor Hugo. Y saquean los recursos del planeta, la producción de energía abundante o bienes, la basura y los desechos de consumo ostentoso, hipotecando las posibilidades de supervivencia de nuestro planeta y las especies que lo habitan. Sin embargo, para dejar vía libre al capitalismo desenfrenado, el crecimiento económico nunca debe detenerse. Hay que producir, producir y reproducir más. E incluso si los contaminadores hoy presentamos como salvadores potenciales del planeta. Estos muestran imbéciles industria patrocinado por las empresas multinacionales tratan de convencernos de que un simple cambio en nuestros hábitos sería suficiente para salvar al planeta del desastre. Y mientras nos culpen seguir contaminando sin cesar, nuestro medio ambiente y nuestro espíritu. Estos pobres pseudo-teorías ecológicas son repetidas por los políticos corruptos de sus lemas publicitarios. Pero no proponer un cambio radical en el sistema de producción. Es, como siempre, de cambiar algunos detalles para que todo siga como antes. TRABAJO Del Trabajo, América tripalium tres palos, instrumento de tortura. Pero para entrar en la ronda del consumo frenético, hay que tener dinero y para conseguir dinero, usted tiene que trabajar o vender ellos mismos. El sistema dominante ha funcionado su valor fundamental. Y los esclavos deben trabajar más duro y más difícil de pagar su crédito vida miserable. Están exhaustos de tanto trabajar, pierden la mayor parte de su energía y tienen que soportar las peores humillaciones. Pasa toda su vida haciendo una actividad extenuante e insidiosa que es rentable sólo para algunos. La invención del desempleo moderno tiene como objetivo para asustarlos y hacerlos cesar las gracias a la generosidad de poder que resulta ser tan generoso con ellos. ¿Qué haría sin esta tortura que es el trabajo? Y estas actividades son alienantes que se presentan como libertadores. ¿Qué bajeza y miseria! Siempre corriendo por temporizador o por el látigo, cada gesto de los esclavos se calcula con la intención de aumentar la productividad. La organización científica del trabajo es la verdadera esencia de la expropiación de los trabajadores, es el fruto de su trabajo, sino también el tiempo que pasan en la producción automática de bienes o servicios. El papel del trabajador se fusiona con la máquina en las plantas, con el equipo en los talleres. El tiempo pagado no vuelve. Así, cada trabajador se le asigna un trabajo repetitivo, ya sea física o intelectual. Él es un experto en su campo de producción. Esta especialización es la escala del planeta, dentro de la división internacional del trabajo. Se concibe en Occidente, se produce en Asia, en África muere arriba. La colonización de TODOS LOS SECTORES DE LA VIDA "El hombre es el entero que es condicional sobre el comportamiento productivo por la organización del trabajo, y fuera de la fábrica que conserva el mismo aspecto y la misma cabeza." Chistophe Dejours El esclavo moderno habría sido capaz de resolver su servidumbre al trabajo, pero como el sistema de producción coloniza todos los sectores de la vida, dominado perdiendo el tiempo con el ocio, con el entretenimiento y las vacaciones. En ningún momento de su vida cotidiana, que escapa a la influencia del sistema de que forma parte de cada momento de su vida. Es un esclavo de tiempo completo. MEDICINA MERCANTIL "La medicina nos hace más die ..." Plutarco. El origen de los males de la esclavitud moderna es una degradación generalizada de su medio ambiente, el aire que respiramos y la comida que consume, el estrés causado por las condiciones de trabajo y el conjunto de su vida social. Su condición servil es un mal que nunca encontrar remedio. Sólo la total liberación de la condición en que se encuentra, puede permitir que el esclavo moderno liberarse de sus sufrimientos. La medicina occidental sólo conoce un remedio contra los males que sufren los esclavos modernos: la mutilación. Se basa en la cirugía, la quimioterapia o antibiótico de mercado pacientes medicina. Nunca atacar la fuente del mal, sino que las consecuencias para la razón de que esta búsqueda del origen del mal nos llevan inevitablemente fatal a la convicción de la organización social en toda su totalidad. Al final resultó que todos los detalles de nuestro mundo en simple mercancía, el sistema actual ha hecho que nuestro cuerpo una mercancía, un objeto de estudio y experiencias para los alumnos de mercado pseudo-medicina y la biología molecular. Los dueños del mundo están listos para patentar seres vivos. La secuencia completa del ADN humano es el punto de partida de una nueva estrategia puesta en acción por el poder. La decodificación genética no tiene otra finalidad que la de ampliar considerablemente las formas de dominación y control. Después de todo, nuestros cuerpos no nos pertenecen. La obediencia como una segunda naturaleza "De ambos obedecen, la sumisión de los reflejos adquiridos". Anónimo. Las mejores carreras de su vida entre los dedos, pero va bien porque ya está acostumbrado a obedecer siempre. La obediencia se convirtió en una segunda naturaleza. Obedece sin saber la razón por qué, simplemente porque sabe que tiene que obedecer. Obedecer, producir y consumir, he ahí el tríptico que domina su vida. Obedecemos a los padres, maestros, jefes, propietarios, comerciantes, también obedecen a las leyes, la policía y todo tipo de poderes, porque no puede hacer otra cosa. Hay algo que te da más miedo desobediencia, ya desobedecer, la aventura, el cambio, es muy arriesgado. Como un niño que pierde a la vista de sus padres, el esclavo moderno se siente perdido sin el poder que lo creó. Luego se continúa obedeciendo. Es el miedo el que nos ha hecho esclavos y nos mantiene en esta condición. Bajamos al frente de los grandes maestros de la cabeza del mundo, aceptamos esta vida de humillación y miseria sólo por el miedo. Sin embargo, tenemos la fuerza numérica de esa decisión minoría. Su fuerza no sale de su policía, pero nuestro consentimiento. Justificamos nuestra cobardía frente a la confrontación legítima contra las fuerzas que nos oprimen con un discurso lleno de humanismo moralizante. El rechazo de la violencia revolucionaria tiene sus raíces en las mentes de aquellos que se oponen al nombre de los valores que este sistema mismo nos enseñó. Pero cuando se trata de conservar su hegemonía, el poder no duda en recurrir a la violencia. REPRESIÓN Y LA VIOLENCIA "Bajo un gobierno que tiene un hombre injustamente, el único lugar decente para un hombre justo es también una prisión." Desobediencia Civil, Henry David Thoreau. Sin embargo, todavía hay personas que están fuera del control de las conciencias, pero están bajo vigilancia. Cada acto de rebelión o resistencia se tratan en la actualidad como una actividad terrorista o desviados. La libertad sólo existe para aquellos que defienden los imperativos comerciales. La verdadera oposición al sistema dominante, por desgracia, es totalmente ilegal. Para estos opositores, la represión es la regla en uso. Y el silencio de la mayoría de los esclavos contra esta represión se justifica en la aspiración y la política de medios que niega conflicto en la sociedad actual. DINERO "Lo que antes se hacía" por el amor de Dios, "hoy se hace por el amor al dinero, que es lo que hoy da la sensación de mayor poder y buena conciencia". Aurora, Nietzsche. Como todos los seres oprimidos de la historia, el esclavo moderno necesita de su mística y de su dios para anestesiar el mal que le atormenta y el sufrimiento que se ahoga. Pero este nuevo dios, que dio su alma, no es más que nada. Un trozo de papel, un número que sólo tiene sentido porque todo el mundo decidió darle. En el nombre de este nuevo dios que estudia, trabaja, lucha y vende. En el nombre de este nuevo dios que abandonó a sus valores y está dispuesto a hacer cualquier cosa. Él cree que cuanto más dinero se ha más estar libre de problemas en la que esta en prisión. Como posesión caminaron tomados de la mano con la libertad. La liberación es una ascesis que proviene del dominio de sí mismo, un deseo y una voluntad de actuar. Usted y no estar en el TER. Pero tienes que decidir a servir o no obedecer. También tenemos que romper este hábito, al parecer, nadie se atreve reproche. NO HAY ALTERNATIVA A LA ORGANIZACIÓN SOCIAL DOMINANTE Acta est fabula (la parte representada) Ahora esclavo moderno está convencido de que no existe una organización alternativa en el mundo de hoy. Se resignó a esta vida porque piensa que no puede haber ningún otro. Y hay incluso si es la fuerza de esta dominación: la ilusión de que el sistema que colonizó toda la faz de la tierra es el fin de la historia. Convencido de la clase dominada para adaptar su ideología es la forma de adaptarse al mundo tal como es y se muestra como siempre ha sido. El sueño de otro mundo se convirtió en un delito unánimemente criticado por los medios de comunicación y el público. El criminal es el que realmente contribuye conscientemente o no, en la demencia de la organización social dominante. No hay necedad mayor que el sistema actual. IMAGEN Y ... si no, sabed, oh rey, que no serviremos a tus dioses ni adoraremos la estatua de oro que has levantado. Antiguo Testamento, Daniel 3:18. Ante la devastación del mundo real, es necesario que el actual sistema colonizar la conciencia de los esclavos. Por eso, el sistema de gobierno, las fuerzas de represión están precedidos por la disuasión, desde la infancia, se da cuenta de sus esclavos formación para el trabajo. Ellos deben olvidar su condición servil, su detención y su vida miserable. Basta con mirar a la muchedumbre hipnotizada delante de las pantallas que acompañan su vida cotidiana. Engañan a su insatisfacción con la reflexión en curso manipulado soñaba con una vida hecha de dinero, la gloria y la aventura. Pero sus sueños son tan lamentables como su vida miserable. Hay fotos a todos y en todas partes. Estas imágenes llevan consigo el mensaje ideológico de la sociedad moderna y sirve como instrumento de unificación y de propaganda. Crecerá a medida que el hombre es despojado de su mundo y su vida. El niño es la primera víctima de estas imágenes, ya que está sofocando la libertad de la base. Es necesario que sean estúpidos y llevarlos a toda la capacidad de reflexión y crítica. Todo esto es, por supuesto, con la complicidad de los padres desconcertante que nadie quiere mirar hacia adelante a la fuerza resistir la imposición de todos los medios modernos de comunicación. Ellos mismos compran todos los bienes necesarios para esclavizar a sus hijos. Apropiarse indebidamente de la educación de sus hijos y deje el sistema alienante y pobre, tenga cuidado de ella. Hay imágenes para todas las edades y todos los ámbitos de la vida. Los esclavos confundir estas imágenes con la cultura moderna y, a veces con el arte. Recurren a los instintos más bajos para vender cualquier mercancía. Y la mujer es doblemente esclavizado la sociedad actual, que paga el precio más alto. Ella se presenta como un mero objeto de consumo. La rebelión se transformó también en una imagen que mejor vende a destruir su potencial subversivo. La imagen sigue siendo, a día de hoy, la forma más directa de comunicación y más eficaz: crea modelos, aleja a las masas, mintió, y promueve frustraciones. Difundir a la ideología del mercado por la imagen, porque el objetivo sigue siendo el mismo: vender modelos de vida o productos, bienes o comportamientos. La venta es lo que importa. LA DIVERSIÓN "La televisión aliena aquellos que tienen y los que no lo hacen." Patrick Poivre d'Arvor. Estas pobres criaturas se diviertan, pero que la diversión sólo sirve para distraer la atención de la verdadera maldad que les afecta. Dejaron sus vidas hacer nada y fingir sentirse orgulloso de ello. Intento transmitir una satisfacción, pero cree nadie. No se puede querer engañarse a sí mismos cuando se enfrentan con la reflexión espejo frío de la vida. Así que pasen tiempo con estúpido que te hacen reír y cantar, llorar o soñar. A través del deporte se mediatizado representa el éxito y el fracaso, los esfuerzos y las victorias, los esclavos modernos dejado de vivir en su vida cotidiana. Su insatisfacción lo incita a vivir por delante proxy de la televisión. Al igual que los emperadores de la antigua Roma compró la lealtad de la gente con pan y juegos de hoy en día es con la diversión y el consumo de vacío de comprar el silencio de los esclavos. LA LENGUA "Creemos que hemos dominado las palabras, pero las palabras que nos dominan." Alain Rey El control de la conciencia es esencialmente viciada por el uso de la lengua utilizada por la clase dirigente económica y socialmente. Al ser el titular de todos los medios de comunicación, la ideología de poder de mercado mediante la definición difusa petrificado, en parte falsa y le da las palabras. Las palabras se presentan como neutrales, y su definición como evidente. Pero estar bajo el control del poder, el lenguaje siempre significa algo muy diferente a la vida real. Es sobre todo un lenguaje de la resignación y la impotencia, el lenguaje de la aceptación pasiva de las cosas tal como son y que debe seguir siendo tal. Palabras que trabajan en nombre de la organización dominante de la vida y el hecho de que el uso de la lengua del poder nos condena a la impotencia. El problema de la lengua está en el centro de la lucha por la emancipación humana. Hay una forma de dominación que se une a los otros, sino el corazón mismo del sistema de presentación de proyectos totalitario mercantil. Para un cambio radical surge de nuevo, necesitamos un renacimiento de la lengua radical, y también la comunicación entre personas reales. Aquí es donde el proyecto revolucionario se une al proyecto poético. En efervescencia popular, la palabra se toma y reinventado por grandes grupos. La espontaneidad creativa se apodera de todos y cada uno de nosotros juntos. LA ILUSIÓN DE VOTO Y LA DEMOCRACIA PARLAMENTARIA "Votar es abdicar". Elisée Reclus. Sin embargo, incluso si los esclavos modernos son como ciudadanos. Ellos realmente creen que votar y decidir libremente quién conducirá sus negocios. Como si todavía tenía una opción. Sólo conserva la ilusión. ¿Cree que todavía hay una diferencia fundamental en la elección de la sociedad en la que queremos vivir entre el Partido Socialista y la derecha populista en Francia, entre demócratas y republicanos en Estados Unidos, entre los laboristas y conservadores en el Reino Unido? No hay oposición, ya que los partidos políticos dominantes están de acuerdo en lo esencial, que es la conservación de la actual sociedad mercantil. No hay partidos políticos pueden llegar al poder que dudan del dogma del mercado. ¿Y quiénes son estos partidos con la complicidad monopolizar apariciones en los medios. Al discutir pequeños detalles con la esperanza de que todo se queda donde está. Lucha por saber quién ocupará las plazas ofrecidas por el parlamentarismo comercial. Estas disputas estúpidas son difundidos por los medios de comunicación en un intento de ocultar un verdadero debate sobre la elección de la sociedad en la que queremos vivir. La apariencia y la futilidad dominan profundamente y desafiar las ideas. Todo esto no se ve en ninguna parte cerca lejos de ser una democracia. La democracia real se define en primer lugar por la participación masiva de los ciudadanos en la gestión de los intereses de la ciudad. Ella es directa y participativa y encuentra su máxima expresión en la asamblea popular y el diálogo constante sobre la organización de la vida común. La forma parlamentaria y representativa que usurpa el nombre de la democracia limitar el poder de los ciudadanos para el simple derecho de votar, o para nada, tan real, que no hay diferencia entre el gris claro y gris oscuro. Los escaños parlamentarios están ocupados por la gran mayoría de la clase económica dominante, ya sea a la derecha oa la izquierda de la deseada socialdemócrata. El poder no se va a ganar, tiene que ser destruido. El poder es, por naturaleza, un tirano, ya sea ejercido por un rey, un dictador o un presidente electo. La única diferencia en el caso de la democracia parlamentaria es que los esclavos tienen la ilusión de que pueden elegir el mismo maestro que va a servir. El derecho a votar tiene los mismos cómplices de la tiranía abrumadora. Ellos no son esclavos porque existen amos, pero decidimos quedarnos allí porque amos. El sistema totalitario MERCANTIL "La naturaleza no ha creado amos ni esclavos, no me quieren dar ni recibir leyes". Denis Diderot. El sistema dominante se define entonces por la omnipresencia de la ideología mercantil. Ocupa la misma hora todos los espacios y todos los ámbitos de la vida. Ella no dice nada más para producir, vender, consumir, acumular! Se reduce todas las relaciones humanas en las relaciones comerciales y considera que nuestro planeta como una simple mercancía. La obligación se impone a nosotros por el trabajo servil. La única ley es que reconoce el derecho a la propiedad privada. El único dios que adora es el dinero. El monopolio de la apariencia es total. Sólo los hombres aparecen y discursos en favor ideología dominante. La crítica de este mundo se ahoga en el mar de medios determina lo que es bueno o malo, lo que puede ver o no. La omnipresencia de la ideología, el culto al dinero, el monopolio de la apariencia, disfrazado de partido único pluralismo parlamentario, ausencia de una oposición visible, represión en todas sus formas, va a transformar al hombre y al mundo. He aquí la verdadera cara del totalitarismo moderno que llamamos "democracia liberal", pero hay que llamarlo por su verdadero nombre: el sistema mercantil totalitario. El hombre, la sociedad y el conjunto de nuestro planeta están al servicio de esta ideología. El sistema mercantilista logró lo que ningún totalitarismo totalitario hecho antes: unificar al mundo su imagen. Hoy en día ya no es posible exilio. PERSPECTIVAS A medida que la opresión se extiende por todos los sectores de la vida, la rebelión toma aspecto social de la guerra. Disturbios renacer y anunciar la próxima revolución. La destrucción de la sociedad mercantil totalitario no es una cuestión de opinión. Es una necesidad absoluta en un mundo que ya ha sido condenado. Porque el poder está en todas partes, en caso de estar en todas partes todo el tiempo y debemos luchar contra ella. La reinvención del lenguaje, el trastorno permanente de la vida cotidiana desobediencia y la resistencia son las palabras mágicas de la rebelión contra el orden establecido. Pero para que esta revuelta surge una revolución, debe reunir las subjetividades en un frente común. Es la unidad de todas las fuerzas revolucionarias que deben trabajar. Esto sólo se puede lograr cuando somos conscientes de nuestros fracasos pasados: ni el reformismo estéril ni la burocracia totalitaria no puede ser una solución a nuestro descontento. Se trata de inventar nuevas formas de organización y lucha. La autogestión en las empresas y la democracia directa en la escala comunal constituyen las bases de esta nueva organización es ser anti-jerárquica en forma como en contenido. El poder no se va a ganar, tiene que ser destruido. "Señores, la vida es demasiado corta ... Si vivimos, vivimos para caminar sobre las cabezas de los reyes." Enrique IV. William Shakespeare.