sexta-feira, 18 de maio de 2007

Comboio de imundície!

Comboio de imundície!
Esta foi a frase que escutei de um relato de uma professora do ensino fundamental noturno disse ter escutado em sala de aula. Sei que muitas outras são ditas pelos alunos, mas esta certamente tem um cunho depreciatório significativo. Imaginem a auto-estima de quem fala de seus pares. O que me intriga é o que leva um aluno a fazer esse tipo de colocação? Confesso que muitos são os caminhos de reflexões e muitas variáveis
possíveis de interpretação. Primeiro podemos imaginar, o motivo pelo qual há tantos adolescentes [a maioria entre 12 e 14 anos] estudando no período noturno, quando deveriam está em seus lares dormindo [se é que têm lares], não apenas uma casa para dormir, mas uma estrutura familiar, em que haja os ensinamentos de respeito e valorização aos semelhantes [certamente humanos, visto que muitas crianças e adolescentes, são tratados como se cachorros fossem, sem o mínimo respeito tanto pelos pais, muitas vezes sem condições materiais e psicológicas para educarem seus filhos, e da omissão das entidades que por direito deveriam destinar mais atenção e respeito a essas crianças e adolescente].
Quero enfatizar que a palavra desse aluno, é apenas uma entre tantas outras. Isso demonstra o nível de auto-estima dos adolescentes que freqüentam o ensino noturno, sendo essas características não de domínio exclusivo dos que estudam no período noturno, mas em todos os horários. Estudar! Estudar! hoje é um desafio, pois diante de tanto favorecimento pela genealogia nominal, em que bons postos de trabalho serão determinados não pelo mérito, e sim pela indicação dos conhecidos.
Certamente a expressão comboio de imundície, fica como alerta aos educadores e gestores de nossa federação, para várias reflexões. Sabendo que estamos nos aproximando do caos educacional, em que não se tem mais estímulo de estudar, pois este não tem a finalidade máxima de emancipação [subir de classe social], é visto pelos estudiosos no assunto, como uma
ferramenta, entre tantas outras. Não uma garantia de emancipação social. Escolas municipais e estaduais, responsáveis respectivamente pelo ensino fundamental e médio, destinam uma educação de pobre para outros pobres, e com a realidade a nossa frente – faz força para compreender que a expressão comboio de imundície, foi apenas uma reprodução do que esse adolescente escutou de algum comentário por onde passou, e por algum motivo, veio a colocar essas palavras dentro da sala de aula. E se há um comboio de imundície, com toda certeza! Não era o da sala de aula. Cleberson Williams (Cospess).
Train of dirt!
This was the phrase I heard a report of an elementary school teacher said he heard at night in the classroom. I know that many others are said by the students, but this certainly has a significant imprint depreciatório. Imagine the self-esteem of those who speak of their peers. What intrigues me is what takes a student to do this kind of placement? I confess that there are many ways of thinking and interpretation of many possible variables. First we can imagine, the reason for so many young people [the majority between 12 and 14 years] studying at night, when they should sleep in their homes is [if they have homes], not only a house to sleep, but a structure family, where there are the lessons of respect and appreciation to similar [indeed human, as many children and adolescents, are treated as if they were dogs, without the slightest respect by both parents, often without material and psychological conditions to educate their children and the omission of organizations that by law should devote more at tention and respect to those children and adolescents]. I emphasize the word that student, is only one among many others. This demonstrates the level of self-esteem of adolescents who attend the school at night, and these characteristics do not exclusive domain of those who study at night, but at all times. Study! Study! today is a challenge, because in front of favoritism by both nominal genealogy, in which good jobs will be determined not by merit, but the indication of the known. Certainly the expression of muck train, is as a warning to educators and administrators of our federation, for various considerations. Knowing that we are approaching the educational chaos in which there is no more incentive to study, because this is not the purpose of emancipation maximum [rise of social class], is seen by scholars in the subject, as a tool, among many others. Not a guarantee of social emancipation. Municipal and state schools, responsible for elementary and high school, intended for a poor education of other poor, and with the reality in front of us - is the strength to understand that the expression of muck train was just a reproduction of that adolescent heard of any comments which passed by, and for some reason, came to put those words in the classroom. And if there is a train of dirt, with all certainty! Was not the classroom. Cleberson Williams, (Cospess).

terça-feira, 15 de maio de 2007

Breve tempo!

Todas as vezes que escuto da música do saudoso Cazuza, em que dizia em suas inesquecíveis palavras “o tempo não para”, ponho-me a me questionar no óbvio, e dizer que não para mesmo, não importa o que façamos. Ontem fui fazer uma prova, e ao iniciar a resolução das questões, lembrava dos ensinamentos que tive na escola, e minha frustração era que o tempo me oprimia, sobravam dois itens para marcar um, e quando olhava para o relógio e por mais que eu quisesse que os ponteiros parassem, nem que fosse por frações de segundo, e nada, continuava a se movimentar. Quando fui conferir o gabarito, que tristeza, não foi ainda nessa, errei como a maioria, por tão pouco. Aí veio a reflexão, quanto tempo perdi, com alguns imprevistos em que poderia ter estudado um pouco mais, visto que muitos candidatos não estudam. Pensando que o tempo irá parar, assim como penso em cada prova. Hoje a angústia de ter perdido outra oportunidade, que exigia um pouco de esforço e dedicação aos candidatos, incluindo-me nessa situação. Consume-se um bom tempo diante de um computador usando site de conversas, lendo tantos e-mails de auto-ajuda, ou discutindo sobre assuntos irrelevantes com namorados (as), noivos (as), marido e mulher. A falta de sensibilidade, a indiferença dos parceiros e amigos para os que estudam para obterem sucesso nos concursos, que a cada dia, ficam mais acirrados, com um número exorbitante de candidatos, a maioria nem se quer viu uma página de qualquer disciplina e é isso que frustra, pois estudando um pouco, não muito, a aprovação é uma questão de tempo, e lembre-se esse não para, quanto mais se alonga a aprovação, mas distante fica o que imaginamos para o futuro. Seria bom lembrar que a vida na terra, é semelhante à queima de fogos de artifícios, projetam-se em grande velocidade, e estouram na parte mais alta, clareando o céu, assim como o tempo, não há como parar o feixe de luz que sai dos lançadores de fogos, não tem volta. E quando não passamos nessas provas, no momento em que houver outras, inevitavelmente estaremos mais velhos.




sexta-feira, 11 de maio de 2007

Estou sem coragem!


Sim, estas foram às palavras que escutei de um adolescente ao ser questionado se iria continuar a estudar. Diante do questionamento, houve uma hesitação seguida de constrangimento em responder ao colega que o acompanhava. “Não estou com coragem de estudar, é muito ruim ter que vim todos os dias para a aula, assistir o professor, este um herói que ganha um salário mínimo, ou seja, menos com os tão famosos descontos, que retira uma boa parcela do salário que é realmente mínimo, e além dos descontos, outros ainda pagam passagens de ônibus, para deslocarem-se da casa à escola. Pois muitos gestores nem se quer o vale-transporte é dado a esses heróis. Mas existem outros que me desestimulam a ir a escola, vivem irritados, com a ânsia de reprovar quem ouse questioná-los em seus pedestais de vaidade. E ameaçam veementemente, aos que contrariam no seu saber, e uns chegam até a barbarizar à discussão, dizendo aos incautos – estudem, pois a prova vai se de ferrar; e o adolescente ainda afirmou a ameaça do professor, relatando sobre a prova – dizendo: a prova terá 3 questões, a primeira todos têm condições de respondê-la, a 2ª só eu responderei e a 3ª logicamente nem eu responderei. E aí conseguimos visualizar a realidade dessa atitude, reprovação massiva. Como pode haver pensamento tão medieval, em que a escola boa é a que reprova, assim o aluno tem medo de ficar reprovado e estuda. Analogicamente imagine um paciente ao entrar para ser atendido em um hospital e questiona – esse hospital mata muita gente, se a resposta for negativa, o paciente irá procurar outro, pois, hospital bom é o que mata. Boa analogia. A moral da reprovação, o adolescente não tem coragem mais de estudar, espero que não tenha coragem para enveredar para outros caminhos.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Vontade de ser cachorro




Hoje estava no ponto de ônibus, na expectativa que esse passasse, mas sabendo que pelo horário próximo a 00h, era quase que impossível passar o ônibus que pudesse me levar para o local que resido. Até às 23h estava com meu amigo, sendo que para o local que ele reside passam ônibus chamado corujões, possibilitando que chegasse a sua residência.


Depois que esse meu amigo adentrou no ônibus, fiquei um tempo mais esperando o ônibus, e olhei para o lado e lá estava um cachorro, esse conhecido como vira-lata, certamente só podia ser um dessa espécie, pois um chow chow não seria, pois é de quem tem dinheiro para cuidar. Resolvi pegar um táxi, no caminho fiquei pensando nas pessoas que estavam a esperar o ônibus, e já não conseguia mais distinguir quem tinha mais sorte, o cachorro ou as pessoas, e lembrei da parábola do filho pródigo, relatada por Jesus Cristo no caminho de Jerusalém, mas especificamente no momento em que o filho que estava passando fome, comia com os porcos, Ali desejava ele fartar-se dos restos que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada, e chegando a pensar que na casa de seu pai, até os porcos estavam em melhor situação do que ele.
Interessante, muitas pessoas têm tempo para levarem seus cachorros ao veterinário, para verificarem suas enfermidades, mas recusam-se em marcar uma consulta para algum conhecido ou levá-lo ao hospital, sem que aleguem qualquer outro compromisso, aconteça o que aconteça não esquecem de colocar água e comida aos cachorros, mas nem se que lembram de perguntar na hora em que sentam a mesa para comer se alguma pessoa que reside na casa está com fome. Dão carinho aos animais, mas esquecem de dar um sorriso ao semelhante.
Lembrei de um fato de como as pessoas costumam tratar as outras como se suas vidas fossem insignificantes, uma senhora estava doente e pediu ao marido para comprar um remédio, já era noite, porém, o marido foi comprar, mas no caminho de volta encontrou alguns amigos de bar, e lá ficou. Ao amanhecer, retornado para casa. Não encontrou mais sua mulher, pois esta havia falecido.
Fato como esse demonstra que para muitos, o mínimo é tão difícil de fazer. Os colegas foram mais importantes do que a dor de sua mulher, assim acontece, valoriza-se tudo, menos nossos familiares, amigos. Dá-se mais importância aos animais do que aos humanos, que muitas vezes são maridos, filhos e irmãos.
Naquela parada de ônibus, muitos queriam ser o cachorro, pois não estariam preocupados em serem assaltados, e certamente se fossem um chow chow, a patroa mandaria buscá-lo não importando a hora, seja até de madrugada, caso estivessem em uma clínica, e com um chamado do veterinário dizendo que já era para buscar o cachorro, lá estaria seu dono para buscá-la. Mas o que estava na praça era um vira-lata, e mesmo esse não correria risco de ser furtado ou assaltado. Semelhante ao filho pródigo quando tinha a oportunidade de comer com os porcos, Não é questão de prazer; seu desejo manifestado desejava encher seu estômago mostrava sua miséria. Que degradação! Ter aspirações análogas às dos mais grosseiros animais,
lembrava-se que na casa de seu pai, até os porcos comiam melhor do que ele.
Uma coisa é certa aquele vira-lata, não estaria esperando um colega ou um amigo, pois certamente não o tem, se o tivesse não estaria ali na praça, esperando a sorte de ao menos comer, mas com a certeza de que não correria risco de se agredido ou vitimas de bandidos.
Sabemos que verdadeiros amigos valorizam as pessoas, mais do que animais, sendo que não é mandamento de Deus, amarás aos animais como a ti mesmo. Mas em tempos de valores distorcidos, é o que presenciamos. Não há preocupação se nossos semelhantes chegam ou não em casa, se estão com fome ou não. Mas se os cachorros começam a gemer, logo se comenta, Levarei ao veterinário.
Concluo com a frase a amizade fiel não existe a não ser onde exista a sinceridade mútua.


Desire to be a dog
Today was in the bus stop, hoping that this move, but knowing that at the next 00 hours, it was almost impossible to pass the bus that would take me to where you live. Up to 23h was with my friend, to the place where he is now called corujões bus, enabling it to reach his residence. After that my friend adentrou on the bus, I was a long waiting for the bus, and looked to the side and there was a dog, known as the pooch, surely this could only be a kind, because it would not be a chow chow, it is those who have money to care. Resolvi take a taxi, I was thinking about the way in which people were waiting for the bus, and now no longer distinguish who had more luck, the dog or the people, and reminded of the parable of the prodigal son, reported by Jesus Christ on the way Jerusalem, but specifically at the time the child who was going hungry, ate with the pigs, Ali wished he was bored of the remains that the pigs ate, but nobody gave him anything, and coming to think that in the house of his father, until the pigs were in a better situation than him. Interestingly, many people have time to take your dog to the vet, to check their illnesses, but is refusing to make an appointment to any known or take him to hospital, without claiming any compromise, come what not to forget put water and food to the dogs, but not remember to ask if it's time to sit on the table to eat if a person who lives in the house is hungry. Give affection to the animals, but forget to give a smile to similar. Remembered a fact of how people usually treat the other as if their lives were insignificant, a woman was sick and asked her husband to buy a remedy, it was night, but the husband was buying, but the way back found some friends of bar, and there was. At dawn, returned home. Found no more his wife, because it had died. As this fact shows that for many, the minimum is so difficult to do. Colleagues were more important than the pain of his wife, so, value is everything except our family, friends. There are more important than animals to humans, who often are husbands, sons and brothers. That bus stop, many wanted to be the dog, it would not be concerned about being attacked, and certainly if a chow chow, the mistress send get it no matter the time, is up at dawn, if they were in a clinic, and with a call saying that the veterinarian was to get the dog, its owner would be there to get it. But what was in the square was a pooch, and even that would not risk of being stolen or robbed. Like the prodigal son when he had the opportunity to eat with the pigs, is not matter of pleasure, your desire wanted fill his stomach showed their misery. What degradation! Have similar aspirations to those of more coarse animals, Remember that in place of his father, until the pigs ate better than him. One thing is certain that pooch, was not expecting a colleague or a friend, it certainly does not have, if it had not been there in the square, waiting for the luck to eat less, but with the certainty that would not risk to be assaulted or victims of bandits. We know that true friends value people rather than animals, that is not commandment of God, love for animals as yourself. But in times of distorted values, which is witnessed. There is concern whether or not our fellow arrive at home, are you hungry or not. But if the dogs began to howl, then it says, I will take to the vet. I conclude with the phrase the friendship is not true unless there is mutual sincerity.