Flagrante: persistência
Há 15 anos
Familiares, aderentes e agregados das Famílias, Costa, Pereira, Silva e Santos e a todos os visitantes
Comboio de imundície!
Todas as vezes que escuto da música do saudoso Cazuza, em que dizia em suas inesquecíveis palavras “o tempo não para”, ponho-me a me questionar no óbvio, e dizer que não para mesmo, não importa o que façamos. Ontem fui fazer uma prova, e ao iniciar a resolução das questões, lembrava dos ensinamentos que tive na escola, e minha frustração era que o tempo me oprimia, sobravam dois itens para marcar um, e quando olhava para o relógio e por mais que eu quisesse que os ponteiros parassem, nem que fosse por frações de segundo, e nada, continuava a se movimentar. Quando fui conferir o gabarito, que tristeza, não foi ainda nessa, errei como a maioria, por tão pouco. Aí veio a reflexão, quanto tempo perdi, com alguns imprevistos em que poderia ter estudado um pouco mais, visto que muitos candidatos não estudam. Pensando que o tempo irá parar, assim como penso em cada prova. Hoje a angústia de ter perdido outra oportunidade, que exigia um pouco de esforço e dedicação aos candidatos, incluindo-me nessa situação. Consume-se um bom tempo diante de um computador usando site de conversas, lendo tantos e-mails de auto-ajuda, ou discutindo sobre assuntos irrelevantes com namorados (as), noivos (as), marido e mulher. A falta de sensibilidade, a indiferença dos parceiros e amigos para os que estudam para obterem sucesso nos concursos, que a cada dia, ficam mais acirrados, com um número exorbitante de candidatos, a maioria nem se quer viu uma página de qualquer disciplina e é isso que frustra, pois estudando um pouco, não muito, a aprovação é uma questão de tempo, e lembre-se esse não para, quanto mais se alonga a aprovação, mas distante fica o que imaginamos para o futuro. Seria bom lembrar que a vida na terra, é semelhante à queima de fogos de artifícios, projetam-se em grande velocidade, e estouram na parte mais alta, clareando o céu, assim como o tempo, não há como parar o feixe de luz que sai dos lançadores de fogos, não tem volta. E quando não passamos nessas provas, no momento em que houver outras, inevitavelmente estaremos mais velhos.

Depois que esse meu amigo adentrou no ônibus, fiquei um tempo mais esperando o ônibus, e olhei para o lado e lá estava um cachorro, esse conhecido como vira-lata, certamente só podia ser um dessa espécie, pois um chow chow não seria, pois é de quem tem dinheiro para cuidar. Resolvi pegar um táxi, no caminho fiquei pensando nas pessoas que estavam a esperar o ônibus, e já não conseguia mais distinguir quem tinha mais sorte, o cachorro ou as pessoas, e lembrei da parábola do filho pródigo, relatada por Jesus Cristo no caminho de Jerusalém, mas especificamente no momento em que o filho que estava passando fome, comia com os porcos, Ali desejava ele fartar-se dos restos que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada, e chegando a pensar que na casa de seu pai, até os porcos estavam em melhor situação do que ele.
Interessante, muitas pessoas têm tempo para levarem seus cachorros ao veterinário, para verificarem suas enfermidades, mas recusam-se em marcar uma consulta para algum conhecido ou levá-lo ao hospital, sem que aleguem qualquer outro compromisso, aconteça o que aconteça não esquecem de colocar água e comida aos cachorros, mas nem se que lembram de perguntar na hora em que sentam a mesa para comer se alguma pessoa que reside na casa está com fome. Dão carinho aos animais, mas esquecem de dar um sorriso ao semelhante.
izendo que já era para buscar o cachorro, lá estaria seu dono para buscá-la. Mas o que estava na praça era um vira-lata, e mesmo esse não correria risco de ser furtado ou assaltado. Semelhante ao filho pródigo quando tinha a oportunidade de comer com os porcos, Não é questão de prazer; seu desejo manifestado desejava encher seu estômago mostrava sua miséria. Que degradação! Ter aspirações análogas às dos mais grosseiros animais,

